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Obras da Copa tem afetado diretamente empresas e trabalhadores do transporte público; viagens demoradas irritam motoristas e reduzem faturamento
Menos passageiros e mais estresse
As obras de mobilidade urbana para a Copa de 2014 têm causado impactos no dia a dia das classes trabalhadoras e empresariais de Cuiabá e Várzea Grande. Um dos setores mais afetados tem sido a do transporte coletivo.
Enquanto as empresas amargam perda no número de passageiros e na receita, os casos de estresse entre os trabalhadores, especialmente os motoristas, têm aumentado devido ao desgaste físico e emocional provocado pelas viagens mais longas. Este, aliás, é um dos argumentos usados pela categoria para reivindicar reajuste de 25%. "Não temos números, mas é uma de nossas preocupações. A situação piorou e muito. Em média, o tempo de viagem aumentou de 20 a 30 minutos dependendo da rota, o que corresponde a quase uma meia viagem. Consequentemente, temos observado mais casos de estresse, irritabilidade, fadiga e cansaço físico", informou o diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Cuiabá e Região (Stett), Olmir Fêo.
Entre as linhas que se tornaram mais demoradas estão as que fazem a região do Coxipó. Olmir Fêo lembra que motoristas que fazem itinerários como Osmar Cabral e Pedra 90 com destino ao centro da capital pegam todos os bloqueios existentes ao longo da avenida Fernando Corrêa da Costa. Importante eixo estrutural viário da cidade, a Fernando Corrêa conta com três interdições: nos trevos da UFMT, da Rodovia Palmiro Paes de Barros (MT-040) e Tijucal.
Para amenizar os impactos negativos sobre os trabalhadores, Fêo diz que representante do sindicato tem orientado motoristas e cobradores a manter a paciência e a tranquilidade. "O papel do sindicato é tentar amenizar a situação. Estamos conversando e pedindo aos trabalhadores para que mantenham a calma e fazendo um trabalho junto à diretoria das empresas em relação ao cumprimento de horários. Por isso, as empresas têm adotado um sistema de frequência entre um veículo e outro para tentar evitar que fiquem um encavalado atrás do outro", disse.
Os desvios também interferiram na vida de milhares de passageiros. De acordo com presidente da Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos (AMTU), Ricardo Caixeta, houve uma queda de 11,7% no número de passageiros nos três primeiros meses deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado, quando o sistema contabilizava em torno de 350 mil usuários. "Tivemos um aumento da tarifa de 9% (em dezembro de 2012), mas estamos perdendo 2,7% de receita neste ano", informou.
Caixeta explica que por conta dos transtornos os ônibus rodam menos e não conseguem cumprir todas as viagens programadas ao dia. Assim, muitos passageiros têm pego "carona", comprado motocicletas ou mesmo andando de bicicleta ou a pé, em caso de trajetos mais curtos. "As obras são necessárias, mas atrapalham o trânsito. E como em Cuiabá não existe prioridade para o transporte público, os desvios acabam afetando o sistema. Porém, quem usa o transporte coletivo precisa entender que precisa sair mais cedo", ponderou.
Para amenizar a situação, ela destaca que tem solicitado à Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU) a priorização do ônibus nas vias utilizadas como desvios. "Porque o ônibus não têm como escolher outros caminhos diferentemente dos veículos de passeios, cujos motoristas podem procurar outras alternativas. Solicitamos essa priorização, mas falta fiscalização", disse.
Conforme Caixeta, em termos de valores, os cálculos sobre os prejuízos provocados apenas pelas obras se tornam difíceis de mensurar, uma vez que apenas este ano houve majoração do óleo diesel três vezes, além de outros custos como frete e a renovação da frota.
Enquanto as empresas amargam perda no número de passageiros e na receita, os casos de estresse entre os trabalhadores, especialmente os motoristas, têm aumentado devido ao desgaste físico e emocional provocado pelas viagens mais longas. Este, aliás, é um dos argumentos usados pela categoria para reivindicar reajuste de 25%. "Não temos números, mas é uma de nossas preocupações. A situação piorou e muito. Em média, o tempo de viagem aumentou de 20 a 30 minutos dependendo da rota, o que corresponde a quase uma meia viagem. Consequentemente, temos observado mais casos de estresse, irritabilidade, fadiga e cansaço físico", informou o diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Cuiabá e Região (Stett), Olmir Fêo.
Entre as linhas que se tornaram mais demoradas estão as que fazem a região do Coxipó. Olmir Fêo lembra que motoristas que fazem itinerários como Osmar Cabral e Pedra 90 com destino ao centro da capital pegam todos os bloqueios existentes ao longo da avenida Fernando Corrêa da Costa. Importante eixo estrutural viário da cidade, a Fernando Corrêa conta com três interdições: nos trevos da UFMT, da Rodovia Palmiro Paes de Barros (MT-040) e Tijucal.
Para amenizar os impactos negativos sobre os trabalhadores, Fêo diz que representante do sindicato tem orientado motoristas e cobradores a manter a paciência e a tranquilidade. "O papel do sindicato é tentar amenizar a situação. Estamos conversando e pedindo aos trabalhadores para que mantenham a calma e fazendo um trabalho junto à diretoria das empresas em relação ao cumprimento de horários. Por isso, as empresas têm adotado um sistema de frequência entre um veículo e outro para tentar evitar que fiquem um encavalado atrás do outro", disse.
Os desvios também interferiram na vida de milhares de passageiros. De acordo com presidente da Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos (AMTU), Ricardo Caixeta, houve uma queda de 11,7% no número de passageiros nos três primeiros meses deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado, quando o sistema contabilizava em torno de 350 mil usuários. "Tivemos um aumento da tarifa de 9% (em dezembro de 2012), mas estamos perdendo 2,7% de receita neste ano", informou.
Caixeta explica que por conta dos transtornos os ônibus rodam menos e não conseguem cumprir todas as viagens programadas ao dia. Assim, muitos passageiros têm pego "carona", comprado motocicletas ou mesmo andando de bicicleta ou a pé, em caso de trajetos mais curtos. "As obras são necessárias, mas atrapalham o trânsito. E como em Cuiabá não existe prioridade para o transporte público, os desvios acabam afetando o sistema. Porém, quem usa o transporte coletivo precisa entender que precisa sair mais cedo", ponderou.
Para amenizar a situação, ela destaca que tem solicitado à Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU) a priorização do ônibus nas vias utilizadas como desvios. "Porque o ônibus não têm como escolher outros caminhos diferentemente dos veículos de passeios, cujos motoristas podem procurar outras alternativas. Solicitamos essa priorização, mas falta fiscalização", disse.
Conforme Caixeta, em termos de valores, os cálculos sobre os prejuízos provocados apenas pelas obras se tornam difíceis de mensurar, uma vez que apenas este ano houve majoração do óleo diesel três vezes, além de outros custos como frete e a renovação da frota.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/20195/visualizar/
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