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Quarta - 15 de Maio de 2013 às 06:58
Por: HELSON FRANÇA

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A confusão em Nova Xavantina foi provocada por causa da tentativa de homicídio contra o indígena
A confusão em Nova Xavantina foi provocada por causa da tentativa de homicídio contra o indígena
Um grupo formado por aproximadamente 35 índios da etnia xavante da aldeia Sant’ana causou tumulto na região central do município de Nova Xavantina, nesta terça-feira (13). 



Os indígenas depredaram um supermercado e pelo menos duas residências, na parte da manhã. A revolta foi uma resposta à tentativa de homicídio praticada por dois não-índios contra Levir Xavante, 32 anos, alvejado por seis tiros na madrugada de domingo, na cidade. 



Os indígenas estavam atrás dos responsáveis pelo crime e só se acalmaram depois que se reuniram com representantes da prefeitura, Polícia Militar e Funai. 



De acordo com o capitão Roosevelt Eustáquio, comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar de Nova Xavantina, o clima aparenta estabilidade. 

“O tom da conversa que tivemos foi amigável. Tivemos a garantia de que não haverá mais confusão”, afirmou. 



Policiais federais chegaram a ser acionados, mas não chegaram a comparecer ao município, em razão da situação se mostrar controlada à tarde. 



Usuário de drogas da região, Levir Xavante foi alvejado em razão de uma dívida não saldada com traficantes. 



O indígena encontra-se internado no hospital de Barra do Garças, e não corre risco de morte. 



Um dos dois suspeitos de tentar matar Levir foi preso ontem por policiais civis. 



Carlos Martins, 22 anos, conhecido como “Maninho Cabeção”, foi detido em Primavera do Leste. Ele foi encontrado pegando carona em um caminhão, na BR 070. 



A tentativa de homicídio é investigada pelo delegado de Nova Xavantina, Marcos Aurélio Dias Leão, que pediu ajuda ao delegado de Primavera, Marcelo Fernandes Jardim, para interceptar o suspeito que estaria em fuga na região. 



“O indivíduo identificado como ‘Maninho Cabeção’, ao ser abordado, imediatamente alegou que não tinha sido ele quem atirou no indígena, tivemos então a certeza de que se tratava do suspeito”, disse Marcelo Jardim. 



Carlos foi conduzido à Delegacia de Roubos e Furtos de Primavera e foi encaminhado para outra unidade, que por medida de segurança, não teve o nome divulgado. O outro suspeito ainda encontra-se foragido, segundo a polícia. 


Liderança da etnia da região, Pajé Xavante, da aldeia São Felipe, situada em Campinápolis, lamentou o ocorrido. 



“Não é assim, indo na cidade e destruindo casas e comércios que se resolvem as coisas. Não apoiamos esse tipo de atitude. Violência só torna o clima entre as partes ainda pior”, observou. 




Fonte: Do Diário de Cuiabá

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