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Economia
Segunda - 22 de Outubro de 2007 às 07:43

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A indústria do biodiesel está crescendo em Mato Grosso porque o Estado tem matéria-prima em abundância. Até os frigoríficos estão investindo nessa área para fazer o aproveitamento do sebo do boi, como é o caso do grupo Bertin, que está instalando em Diamantino um complexo industrial que inclui um frigorífico, uma fábrica de couro e uma usina de biodiesel. Além do sebo do boi, há fartura de produção de soja, apesar da oleaginosa ter o menor teor de óleo para esse fim.

O diretor-executivo do Sindalcool, Jorge Santos, explica que enquanto a soja tem 18% a 21% de óleo, o girassol tem entre 45% e 55%. Mas a maioria das indústrias começa a produção com soja por ser o que tem em maior oferta.

Alguns estão utilizando a mamona, o que para Santos é questionável porque o produto vale muito mais como óleo vegetal no mercado internacional. "As possibilidades no entanto são infinitas. Dá para se produzir biodiesel a partir de qualquer oleaginosa. Por isso Mato Grosso está bem servido na área de biodiesel e com tendência de crescer". Para ele, as várias possibilidades de produção de biodiesel também mostram como é primária a idéia de que vai faltar alimento no mundo por conta do direcionamento ao biocombustível de forma geral.

O diretor-executivo do Sindalcool lembra que também tem incentivado o crescimento da indústria do biodiesel o fato de o governo ter determinado que a partir de janeiro do ano que vem, obrigatoriamente, o diesel deverá conter 2% de biodiesel.

A mistura deve aumentar para 5% em 2010, mas o governo já aventou a possibilidade de antecipar a mudança para 2009, caso haja disponibilidade do produto para atender à demanda. E acima de tudo, há o mercado internacional, que por questões ambientais, é um grande consumidor de biocombustíveis.(VC)





Fonte: Gazeta Digital

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