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Internacional
Domingo - 21 de Outubro de 2007 às 15:36

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, classificou como “inaceitáveis” os ataques de rebeldes curdos, que mataram soldados turcos. Na declaração deste domingo (21), o líder norte-americano também afirmou que os ataques precisam acabar.

”O presidente Bush condena fortemente os ataques violentos na província de Hakkari e estende suas condolências às famílias que perderam pessoas amadas e ao povo da Turquia”, declarou em comunicado Gordon Johndroe, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional. “Esses ataques são inaceitáveis e precisam acabar agora.”

Questionado se haveria uma resposta militar aos ataques curdos, o ministro turco da Defesa, Vecdi Gonul, afirmou: “não com urgência. As tropas turcas estão planejando uma incursão na fronteira, mas gostaríamos de fazer isso com o apoio dos americanos”, disse.

Gonul se reuniu neste domingo com seu colega americano, Robert Gates, em Kiev . O ministro turco pediu aos Estados Unidos que trabalhem juntos para resolver o problema, acrescentando que sugeriu a Gates uma ação contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Após anunciar a morte de 23 curdos, o alto comando do Exército turco afirmou que matou 32 rebeldes e manteve o número de baixas em 12. Por outro lado, os curdos do PKK dizem que mataram 16 militares e pegaram ‘vários’ reféns em território turco. "Não posso dizer quantos soldados são reféns. Tudo que posso dizer é que todos eles não está no Iraque. Está na Turquia”, afirmou o partido. O governo turco não confirmou a informação.

Expulsão

Também neste domingo, o Parlamento iraquiano exigiu que os separatistas do PKK "saiam do território iraquiano, e que o governo do Iraque expulse seus membros". Pouco antes, o Parlamento do Iraque condenou a ameaça de uma incursão militar turca na região do Curdistão iraquiano para eliminar as bases de rebeldes curdos.

Em comunicado oficial, o presidente do Parlamento, Mahmoud Mashhadani, pediu que sejam estudados "todos os caminhos possíveis para uma solução pacífica para a crise". "Confirmamos as relações de boa vizinhança com a Turquia, mas rejeitamos as ameaças e o uso da força, e consideramos que a decisão do Parlamento turco de conceder ao Exército o uso da força (contra o Curdistão iraquiano) não ajuda nas negociações", acrescenta a nota.

Na quarta-feira (17), o Parlamento turco autorizou o governo de seu país a lançar incursões militares contra as bases dos guerrilheiros do PKK no norte do Iraque. Neste domingo (21), o presidente da região autônoma, Massoud Barzani, afirmou que não se alinhará "a nenhuma das partes" caso o Governo turco decida enfrentar o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) turco.

Conflito

O conflito acontece porque Ancara, importante aliada dos Estados Unidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), considera o PKK um grupo separatista que conduz ataques dentro da Turquia a partir de bases na região montanhosa da fronteira. A Turquia acusa os curdos iraquianos de dar abrigo e cobertura aos guerrilheiros do PKK, que abandonam seus refúgios no Iraque para atacar o Exército turco e depois buscam cobertura junto aos seus correligionários do Curdistão iraquiano.

Embora os EUA classifiquem o PKK como um grupo terrorista, Washington teme que uma grande operação da Turquia no norte do Iraque irrite seus aliados curdo-iraquianos e provoque um conflito mais amplo naquela região relativamente pacífica em comparação ao resto do Iraque. O PKK recorreu à luta armada em 1984 para defender a autonomia de 12 milhões de curdos que vivem na Turquia, e desde então cerca de 35 mil pessoas morreram por causa dos combates entre o grupo separatista e as forças de segurança.




Fonte: G1

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