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Internacional
Domingo - 21 de Outubro de 2007 às 15:25

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O Ministério Público de Mônaco concedeu parecer favorável à extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola ao Brasil. Segundo o Ministério da Justiça, a promotoria entendeu que a documentação do processo de extradição atende às exigências necessárias, assim como preenche o trâmite legal para que o ex-banqueiro retorne ao país.

O ministro interino da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse por meio de assessores que ainda não foi notificado oficialmente do parecer --uma vez que se trata apenas de uma manifestação do órgão.

"O governo considera que a manifestação do Ministério Público representa mais um avanço [no processo de extradição] e mostra que o pedido está no caminho certo", disse Barreto.

A expectativa do Ministério da Justiça é que o processo de extradição do ex-banqueiro seja julgado até o final deste mês. Após decisão do Tribunal de Apelações de Mônaco, o processo ainda será analisado pelo príncipe Albert 2º --que dará a palavra final sobre o caso.

Caso

Foragido desde 2000, Cacciola foi preso no dia 15 de setembro em Mônaco pela Interpol.

O banco Marka quebrou com a desvalorização cambial de 1999. Mas contrariando o que ocorria no mercado, o Marka e o banco FonteCindam assumiram compromissos em dólar. O banco de Cacciola, por exemplo, investiu na estabilidade do real e tinha 20 vezes seu patrimônio líquido comprometido em contratos de venda no mercado futuro de dólar.

O BC socorreu as duas instituições, vendendo dólares com cotação abaixo do mercado, tentando evitar que quebrassem. A justificativa para a ajuda oficial às duas instituições foi a possibilidade de a quebra provocar uma "crise sistêmica" no mercado financeiro.

Em 2005, a juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, condenou Salvatore Cacciola, à revelia, a 13 anos de prisão pelos crimes de peculato (utilizar-se do cargo exercido para apropriação ilegal de dinheiro) e gestão fraudulenta.

O então presidente do BC, Francisco Lopes, recebeu pena de dez anos em regime fechado e a diretora de Fiscalização do BC, Tereza Grossi, pegou seis anos. Os dois recorreram e respondem ao processo em liberdade.




Fonte: Folha de S.Paulo

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