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Economia
Domingo - 21 de Outubro de 2007 às 10:00

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O Natal deste ano será gordo, apesar da decisão do Banco Central de interromper o ciclo de queda dos juros, na semana passada. O volume global de vendas do comércio varejista em dezembro deve crescer 11,5% ante 2006, segundo projeções da RC Consultores feitas com base na Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Natal de 2006, o aumento foi bem menor, de 5,6%, em relação a 2005.

Crédito farto, combinado com juro real que nunca esteve tão baixo, aumento recorde da massa de rendimentos, dólar em baixa e inflação controlada garantem esse desempenho. Animadas com as boas perspectivas, as redes varejistas se preparam isoladamente para um acréscimo de vendas de até 20%, bem maior que o comércio como um todo porque pretendem conquistar fatias dos concorrentes.

“O volume de vendas deste Natal será o maior desde 2000, o que sinaliza um começo de ano aquecido”, prevê o sócio da consultoria e responsável pela projeção, Fábio Silveira. Ele atribui parte do desempenho ao crescimento da massa real de rendimentos dos trabalhadores, que deve chegar a 5,5% em 2007, a maior taxa em sete anos.

Para a sócia da MB Associados, Tereza Fernandez, “nada joga contra” para que este seja um grande Natal. Na sua avaliação, mesmo os excessos cometidos pelo consumidor nos últimos tempos estão sendo corrigidos. Pesquisa da Fecomércio do Estado de São Paulo revela que o endividamento recuou 6 pontos porcentuais, de 62% em outubro de 2006 para 56% no mesmo mês deste ano. “Isso ocorre porque, tanto a renda real como o pessoal ocupado, cresceram”.

É exatamente esse cenário que alimenta o otimismo dos lojistas. “Será o melhor Natal desde 2000”, diz o supervisor-geral das Lojas Cem, Valdemir Colleone. A rede, especializada em móveis e eletrodomésticos, projeta crescimento de 20% no número de peças vendidas e 15% na receita.

Segundo o executivo, o Natal de 2000 teve um ótimo desempenho, “mas o consumo foi meio irresponsável”. “Neste ano, as pessoas vão comprar com condições de pagar. O consumidor tem mais dinheiro no bolso, a inadimplência está estabilizada e os preços dos eletrônicos estão 10% menores, em média”, observa Colleone.

As Lojas Insinuante, líder no Nordeste, prevêem alta de 15% a 20% nas vendas. “Já estamos com a programação de compras fechada até janeiro”, diz o diretor, Rodolfo França Jr. Além dos preços mantidos, ele diz que pretende facilitar o pagamento.

“O Natal deste ano está armado. A equação crédito, juros e preços está montada”, diz o vice-presidente do Wal-Mart, José Eduardo Cabral, fazendo menção aos possíveis efeitos da interrupção do ciclo de corte nos juros. “Vamos crescer entre 15% e 20%.” O Natal de 2006 foi o melhor desde 2000 e o deste ano deverá superá-lo.




Fonte: AE

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