Cai índice de violências contra mulheres em Cuiabá
A separação foi a única alternativa encontrada devido aos problemas causados pelo marido. "Me bateu, me ameaçou de morte, disse que iria tomar meus filhos. Eu fiz o Boletim de Ocorrência (BO) com medo. Nem tanto por mim, mas pelos meus filhos", disse a mulher.
A Casa de Amparo de Cuiabá já abrigou mais de 50 vítimas de agressão. Após a aprovação da Lei Maria da Penha, que é de agosto de 2006, o número de mulheres agredidas caiu para 30. Os números da justiça também apresentaram queda, principalmente os de reincidência. Somente em uma das varas especializadas em Cuiabá, dos 3.215 casos registrados, apenas 33 envolvem homens que já tinham praticado algum tipo de agressão contra as companheiras.
Antes da lei a reincidência atingia até 60% nos juizados especiais. Os dados estão no livro: Direitos Humanos das Mulheres. A promotora de Justiça, Lindinalva Rodrigues Corrêa admite que a atuação da justiça inibe a prática da violência domèstica. "A certeza de que ele será punido, certamente, o leva a pensar melhor na sua atuação. Então nós entendemos que seja a justiça sendo aplicada efetivamente que tem evitado a reincidência nos casos de violência doméstica em Cuiabá", disse a promotora.
Quase sempre as agressões estão ligadas ao consumo de drogas e bebidas alcóolicas. Uma das determinações da justiça é que o agressor freqüente as reuniões dos Alcóolicos Anônimos. "Com o passar do tempo você ve que o consumo de drogas e o consumo de álcool agrava o desequilíbrio emocional da pessoa. A pessoa passa a assumir a parcela de culpa na situação", afirma um reincidente.
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