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Cidades/Geral
Sábado - 20 de Outubro de 2007 às 09:15
Por: Andréia Fontes

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João Arcanjo Ribeiro recebeu 141 visitas de advogados em um ano (27 de setembro de 2006 a 28 de setembro de 2007). São 26 profissionais diferentes que falaram com o "Comendador" dentro da Penitenciária Pascoal Ramos. Entre os nomes, que constam em uma lista que o Jornal A Gazeta teve acesso ontem, está principalmente o de seu advogado, Zaid Arbid, que esteve com o cliente 75 vezes. Entretanto, há também a visita do advogado Eduardo Mahon, que é assistente de acusação no processo que Arcanjo responde pelo homicídio do empresário Sávio Brandão. Ele trabalha para a viúva de Sávio, Izabella Brandão.

Eduardo Mahon visitou Arcanjo no dia 17 de agosto de 2007, junto sua sócia, Sandra Cristina Alves. Eles entraram às 16h40 no presídio, mas a hora que saíram não foi registrada. Eduardo Mahon também faz a defesa de Armando Martins de Oliveira, que foi denunciado junto com Arcanjo em um processo de remessa ilegal de dinheiro para o Uruguai.

Duas horas antes da visita de Mahon, Arcanjo tinha recebido a visita de um outro advogado, Waldemar R. Dos S. Neto, que esteve com o "Comendador" 17 vezes nos meses de agosto, setembro e outubro deste ano. Em seguida aparece o advogado Murat Dogan, com 10 visitas feitas ao "Comendador". Em três dias, Arcanjo chegou a receber a visita de quatro advogados. Isso aconteceu, por exemplo, em 2 de março deste ano, quando foram até o presídio os advogados Mauro Augusto Laurindo da Silva, Fernando Roberto Laurindo da Silva, Edson Alves Perrot e Zaid Arbid.

O Estatuto da Advocacia prevê, em seu artigo 6º, que entre os direitos do advogado está o de "comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis". Ou seja, é prerrogativa do advogado entrar em presídios sem qualquer autorização. A reportagem tentou falar ontem como o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Francisco Faiad, com os advogados Eduardo Mahon, Sandra Cristina, Paulo Frabrinny, entre outros mas eles não atenderam as ligações.





Fonte: Gazeta Digital

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