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Internacional
Sábado - 20 de Outubro de 2007 às 09:01

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O órgão de auto-regulamentação publicitária da Itália proibiu uma campanha que mostrava uma mulher anoréxica nua, alegando que isto viola o código de conduta do setor.

A imagem "explora comercialmente" a doença, disse o Instituto de Controle da Publicidade.

Fotos da modelo francesa Isabelle Caro, de 31 quilos, para a griffe de moda Nolita, que trazia o slogan "No Anorexia" ("Não à Anorexia"), foram colocadas em outdoors e em anúncios de jornal durante a Semana da Moda de Milão, em setembro.

Elas foram tiradas pelo controvertido fotógrafo italiano Oliviero Toscani, que qualificou a proibição como "censura" e disse que está analisando a possibilidade de levar o caso para a Justiça.

Toscani, que criou campanhas publicitárias para a confecção Benetton de 1982 a 2000, fotografou no passado um homem que estava morrendo de Aids, em outra propaganda que causou polêmica.

A foto da modelo anoréxica já foi retirada da maioria dos outdoors onde estava, permanecendo apenas um, em Roma.

A campanha da Nolita contou com o aval do Ministério da Saúde da Itália.

A luta contra a anorexia é uma das prioridades do governo do premiê Romano Prodi. Hoje, cerca de 2 milhões de italianos sofrem da doença e de bulimia.

A ministra da Saúde, Lívia Turco, afirmou em setembro, em nota oficial, que “uma iniciativa como esta é importante para abrir um canal de comunicação privilegiado com o público jovem, através de uma mensagem clara e capaz de chamar a responsabilidade para este drama”.

A campanha publicitária foi realizada em meio a um debate nos círculos da moda sobre o uso nas passarelas de modelos com índice de massa corporal (IMC) inferior a 18,5 kg/m².

O IMC é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado. Uma pessoa que pesa 55 kg e tem 1,70 m de altura, por exemplo, tem o IMC de 19,03 kg/m². Especialistas em saúde das Nações Unidas recomendam que o IMC fique em torno de 18,5 kg/m² e cerca de 25 kg/m².

No ano passado, os organizadores da Semana da Moda de Madri proibiram modelos consideradas excessivamente magras, e Milão passou a exigir atestado de saúde para modelos.





Fonte: BBC Brasil

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