48% das firmas no Brasil já viveram situação de propina
A pesquisa, que entrevistou 5,4 mil executivos em 40 países, mediu a exposição de empresas a crimes econômicos em todo o mundo.
A proporção de companhias que admitiu ter vivido situação envolvendo propina no Brasil (48%) ficou acima da média africana (30%), da Europa ocidental (9%) e da América do Norte (3%). A média global é de 18%.
Em comparação com outros seis países emergentes, o Brasil ficou atrás apenas da Indonésia (54%), se igualou à Rússia (48%) e ficou à frente da Índia (38%), México e Turquia (28%) e China (21%).
Competição
A pesquisa, feita em 2006, mostrou ainda que as empresas que se recusam a pagar propina têm grande chance de perder oportunidades de negócio para competidores dispostos a cometer o crime.
No Brasil, 45% das empresas que disseram não ter pago propina em determinada situação afirmaram ter perdido a oportunidade para concorrentes.
Na China, essa proporção alcançou 71%; na Rússia, 70%, e na Índia, 66%.
O pior índice nesse quesito foi registrado nos países da Europa Central e do Leste: 82%.
"Os especialistas em investimento nos países emergentes percebem riscos significativos associados ao nível de corrupção, à integridade do quadro de funcionários da empresa e o ambiente legal nestes mercados", afirma a consultoria.
Fraudes
A pesquisa mostrou também os prejuízos causados às empresas por fraudes empresariais.
Na média mundial, cada caso de fraude gerou às empresas um prejuízo médio de US$ 2,4 milhões nos dois anos anteriores à pesquisa. Mas, nos sete países emergentes, o valor médio de cada fraude foi mais que o dobro disso: US$ 5 milhões.
Segundo a pesquisa, 43% das empresas em todo o mundo declararam ter sido vítima de fraude, nível semelhante aos 45% da pesquisa anterior, feita em 2005.
No Brasil, 46% das empresas disseram ter sido vítimas de fraude, patamar semelhante aos 45% registrados dois anos atrás.
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