Governadores pressionam por prorrogação da CPMF
“Não é possível a um governo que não completou nenhuma reforma tributária, e nem iniciou, ficar sem a CPMF”, justificou Yeda, que preside o Codesul. Ela ressaltou a necessidade de um “compromisso escrito de que a CPMF vai ser reduzida gradualmente”. Segundo a tucana, isso se deve à vinculação entre a contribuição e a reforma tributária. “Uma coisa não vive sem a outra. É cômodo não fazer a reforma tributária e viver com os R$ 36 bilhões em quatro anos que a CPMF dá.”
Para Requião, a CPMF está entre os “tributos mais justos”, pois incide em todas as movimentações. “Quem reclama da CPMF é o capital financeiro, que já tem seus lucros extraordinários.”
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse que se dispõe a ajudar no que for preciso para garantir a aprovação da CPMF o quanto antes. Para ele, parte dos críticos da contribuição era entusiasta da sua cobrança no passado e agora busca “tirar dividendos políticos a qualquer preço”. “O povo brasileiro está esclarecido e não aceita mais esse tipo de comportamento”, afirmou.
No Rio, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) também voltou a defender o tributo. “Apoiar a CPMF é apoiar a estabilidade econômica e o desenvolvimento do Brasil.” Já o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), disse não ser contra a CPMF, mas cobrou a redução da carga tributária no Brasil. “Temos uma carga tributária muito pesada, que penaliza a produção e o trabalho.”
Para Jaques Wagner (PT), governador da Bahia, a contribuição pode ser reduzida progressivamente, de forma negociada. “Quando se reduz a entrada de arrecadação, é preciso saber onde cortar despesas”, afirmou. “Todo mundo é a favor de corte de tributo, mas é preciso lembrar que, para isso, é necessário fazer compensações.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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