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Varejo caminha para Natal robusto e confirma atenção do BC
SÃO PAULO (Reuters) - O comércio brasileiro vai muito bem, obrigado. Às vésperas do Natal, o clima é de otimismo no setor --o que é uma boa notícia para o crescimento econômico deste ano, mas está por trás da decisão do Banco Central de interromper os cortes do juro, segundo analistas.
As vendas no varejo completaram em agosto oito meses de expansão, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O aumento foi de 0,7 por cento sobre julho e de 9,9 por cento em relação a igual mês do ano passado. Ambos os números superaram as previsões de analistas ouvidos pela Reuters.
"Quando você observa a evolução do crédito, você vê que está crescendo muito, a taxas de dois dígitos. Isso tem feito com que o consumidor ganhe um poder de compra maior", citou João Carlos Gomes, economista da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).
"Essa evolução forte mostra que a evolução do comércio tende a permanecer crescente."
Dados sobre compras a prazo indicam que o ânimo do setor se sustentou também em setembro. A Telecheque, empresa de concessão de crédito no varejo, informou nesta quinta-feira aumento de 4,1 por cento nas transações pré-datadas sobre igual mês de 2006.
Um dos motivos para prever que o crédito continuará em expansão é o patamar considerado confortável da inadimplência, segundo Gomes. "O Natal deste ano vai ser bem melhor que o do ano passado. Não temos números agora, mas será superior... A demanda vai continuar em trajetória ascendente."
Segundo a Serasa, a inadimplência dos consumidores recuou 0,8 por cento no período de janeiro a setembro em comparação com o ano passado.
LIMITE AO CRESCIMENTO?
Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, alerta para a necessidade de a renda continuar crescendo para sustentar o ciclo vigoroso do varejo.
"O que tem crescido muito é o consumo de bens duráveis, que são motivados pelo crédito. Os semi-duráveis ou não-duráveis, que dependem da renda, continuam com crescimento mais baixo", afirmou.
Até agora, os dados corroboram o que economistas privados e integrantes do Banco Central vêm ponderando há meses: a atividade econômica está em ritmo forte e é puxada, em boa medida, pela população que resolveu ir às compras.
"A decisão do Copom de parada técnica do corte do juro, anunciada ontem, apenas antecipou a indicação de que a economia avança firme e não é apenas o comércio", avaliou Sérgio Vale, economista da MB Associados.
O Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu, neste mês, o ciclo de corte do juro. Nos últimos meses, o colegiado do Banco Central já vinha destacando que o ritmo da atividade é forte e deve se manter acelerado pela expansão do emprego, da renda e do crédito.
Para Otávio Aidar, economista da Rosenberg & Associados, os resultados do comércio mostram que as preocupações do Copom com o ritmo da atividade não eram "sem motivo". "E só podemos esperar que o comércio continue puxando a indústria", disse.
De janeiro a agosto, as vendas no varejo cresceram 9,7 por cento, enquanto as receitas ficaram 11 por cento maiores.
As vendas no varejo completaram em agosto oito meses de expansão, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O aumento foi de 0,7 por cento sobre julho e de 9,9 por cento em relação a igual mês do ano passado. Ambos os números superaram as previsões de analistas ouvidos pela Reuters.
"Quando você observa a evolução do crédito, você vê que está crescendo muito, a taxas de dois dígitos. Isso tem feito com que o consumidor ganhe um poder de compra maior", citou João Carlos Gomes, economista da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).
"Essa evolução forte mostra que a evolução do comércio tende a permanecer crescente."
Dados sobre compras a prazo indicam que o ânimo do setor se sustentou também em setembro. A Telecheque, empresa de concessão de crédito no varejo, informou nesta quinta-feira aumento de 4,1 por cento nas transações pré-datadas sobre igual mês de 2006.
Um dos motivos para prever que o crédito continuará em expansão é o patamar considerado confortável da inadimplência, segundo Gomes. "O Natal deste ano vai ser bem melhor que o do ano passado. Não temos números agora, mas será superior... A demanda vai continuar em trajetória ascendente."
Segundo a Serasa, a inadimplência dos consumidores recuou 0,8 por cento no período de janeiro a setembro em comparação com o ano passado.
LIMITE AO CRESCIMENTO?
Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, alerta para a necessidade de a renda continuar crescendo para sustentar o ciclo vigoroso do varejo.
"O que tem crescido muito é o consumo de bens duráveis, que são motivados pelo crédito. Os semi-duráveis ou não-duráveis, que dependem da renda, continuam com crescimento mais baixo", afirmou.
Até agora, os dados corroboram o que economistas privados e integrantes do Banco Central vêm ponderando há meses: a atividade econômica está em ritmo forte e é puxada, em boa medida, pela população que resolveu ir às compras.
"A decisão do Copom de parada técnica do corte do juro, anunciada ontem, apenas antecipou a indicação de que a economia avança firme e não é apenas o comércio", avaliou Sérgio Vale, economista da MB Associados.
O Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu, neste mês, o ciclo de corte do juro. Nos últimos meses, o colegiado do Banco Central já vinha destacando que o ritmo da atividade é forte e deve se manter acelerado pela expansão do emprego, da renda e do crédito.
Para Otávio Aidar, economista da Rosenberg & Associados, os resultados do comércio mostram que as preocupações do Copom com o ritmo da atividade não eram "sem motivo". "E só podemos esperar que o comércio continue puxando a indústria", disse.
De janeiro a agosto, as vendas no varejo cresceram 9,7 por cento, enquanto as receitas ficaram 11 por cento maiores.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/202349/visualizar/
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