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GP do Brasil aquece mercado do turismo sexual em SP
SÃO PAULO - O Grande Prêmio de Interlagos da Fórmula 1, marcado para este domingo, 21, é a principal data do calendário sexual paulistano. A chegada de estrangeiros à cidade e o numeroso público masculino do evento lotam boates, aumentam o acesso a sites de acompanhantes na internet e enchem a agenda das prostitutas de luxo da cidade.
Apenas na noite de quarta-feira, 17, a baiana Melissa Morais (nome de trabalho), 26 anos, atendeu quatro clientes estrangeiros, membros da escuderia BMW-Williams, em hotéis da região da avenida Paulista. Nesses casos, cobra em dólar (cerca de US$ 150 mais o táxi - contra R$ 250 em noites normais) e diz receber boas gorjetas. "Gringos não pechincham preço e retribuem se faço um bom trabalho", diz. Melissa afirma já ter dois programas agendados para esta sexta-feira, 19, fruto da indicação dos "gringos".
A temporada sexual da Fórmula 1 é a que mais cria "expectativa" entre as prostitutas, afirmou Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha, ao estadao.com.br. De acordo com ela, o número de clientes dobra ("na minha época de cinco por noite para dez"), estimulados também pelos hotéis. "Como não falam português, os gerentes dos hotéis me ligavam e eu dava uma 'caixinha simbólica' para eles."
De acordo com Raquel (que não fala inglês), os engenheiros "gostam muito" das prostitutas brasileiras e, apesar disso, boa parte dos clientes da alta temporada são nacionais - e casados. "Muita gente vem de outras cidades para assistir à corrida e dá uma escapadinha. Quem deve estar louco com isso é o Maroni." Está mesmo.
Novidades
Este ano há duas diferenças em relação aos anteriores. Uma é o fechamento da boate Bahamas pela Prefeitura, o "pit stop brasileiro", segundo o proprietário Oscar Maroni (que responde processo por favorecimento à prostituição, entre outros). A segunda é conseqüência da primeira: estrangeiros estão com medo do "efeito Kassab", em referência à lacração de casas noturnas pelo prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), e preferem agendar programas por telefone a se expor em boates.
Maroni diz que na sexta-feira anterior ao GP de Interlagos faturava cerca de R$ 70 mil, o triplo dos dias normais. A casa tinha shows especiais de strip-tease, com garotas vestidas com uniformes de pilotos. "Era comovente. Terminava com a música do Senna", diz o empresário, que define seu estado de espírito como "misto de revolta, depressão, frustração e angústia".
Sem a boate, as próprias garotas de programa foram procurar abrigo em sites de acompanhantes - e os clientes "gringos" também. A audiência dos endereços Modelsvip.com, Mclass.com, Executivoclub.com e Pimp.com.br, por exemplo, registram aumento contínuo de público desde o dia 15 de outubro, segundo estatísticas do portal Alexa.
"Nossa audiência dobra na semana da Fórmula 1", afirma Tadeu Guerra, dono do site Executivoclub.com. "É o início de uma temporada boa que vai até o fim de novembro, com feiras e turismo de negócios." De acordo com ele, o site tem 18,3 mil assinantes e o principal marketing é o "boca a boca". Leia-se por boca a boca os books de "modelos" disponíveis na maioria dos hotéis. É só solicitar ao concierge.
Apenas na noite de quarta-feira, 17, a baiana Melissa Morais (nome de trabalho), 26 anos, atendeu quatro clientes estrangeiros, membros da escuderia BMW-Williams, em hotéis da região da avenida Paulista. Nesses casos, cobra em dólar (cerca de US$ 150 mais o táxi - contra R$ 250 em noites normais) e diz receber boas gorjetas. "Gringos não pechincham preço e retribuem se faço um bom trabalho", diz. Melissa afirma já ter dois programas agendados para esta sexta-feira, 19, fruto da indicação dos "gringos".
A temporada sexual da Fórmula 1 é a que mais cria "expectativa" entre as prostitutas, afirmou Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha, ao estadao.com.br. De acordo com ela, o número de clientes dobra ("na minha época de cinco por noite para dez"), estimulados também pelos hotéis. "Como não falam português, os gerentes dos hotéis me ligavam e eu dava uma 'caixinha simbólica' para eles."
De acordo com Raquel (que não fala inglês), os engenheiros "gostam muito" das prostitutas brasileiras e, apesar disso, boa parte dos clientes da alta temporada são nacionais - e casados. "Muita gente vem de outras cidades para assistir à corrida e dá uma escapadinha. Quem deve estar louco com isso é o Maroni." Está mesmo.
Novidades
Este ano há duas diferenças em relação aos anteriores. Uma é o fechamento da boate Bahamas pela Prefeitura, o "pit stop brasileiro", segundo o proprietário Oscar Maroni (que responde processo por favorecimento à prostituição, entre outros). A segunda é conseqüência da primeira: estrangeiros estão com medo do "efeito Kassab", em referência à lacração de casas noturnas pelo prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), e preferem agendar programas por telefone a se expor em boates.
Maroni diz que na sexta-feira anterior ao GP de Interlagos faturava cerca de R$ 70 mil, o triplo dos dias normais. A casa tinha shows especiais de strip-tease, com garotas vestidas com uniformes de pilotos. "Era comovente. Terminava com a música do Senna", diz o empresário, que define seu estado de espírito como "misto de revolta, depressão, frustração e angústia".
Sem a boate, as próprias garotas de programa foram procurar abrigo em sites de acompanhantes - e os clientes "gringos" também. A audiência dos endereços Modelsvip.com, Mclass.com, Executivoclub.com e Pimp.com.br, por exemplo, registram aumento contínuo de público desde o dia 15 de outubro, segundo estatísticas do portal Alexa.
"Nossa audiência dobra na semana da Fórmula 1", afirma Tadeu Guerra, dono do site Executivoclub.com. "É o início de uma temporada boa que vai até o fim de novembro, com feiras e turismo de negócios." De acordo com ele, o site tem 18,3 mil assinantes e o principal marketing é o "boca a boca". Leia-se por boca a boca os books de "modelos" disponíveis na maioria dos hotéis. É só solicitar ao concierge.
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/202369/visualizar/
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