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Economia
Quinta - 18 de Outubro de 2007 às 16:00

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SÃO PAULO - A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) revisou de 10% para 12% sua previsão de crescimento do faturamento do setor no mercado interno. No começo do ano, a previsão de crescimento era de 8%.

De acordo com a entidade, a decisão pela elevação das expectativas foi tomada a partir dos resultados acumulados entre os meses de janeiro e setembro, que mostram uma alta de 12,55% nas vendas frente o mesmo período do ano passado. Se a previsão de crescimento se confirmar, as indústrias afiliadas à Abramat, que representam 60% no setor, vão faturar R$ 78 bilhões neste ano.

A venda de materiais de construção no mercado interno em setembro foi 12,53% maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado. Porém, de acordo com o levantamento da Abramat, o resultado do mês passado ficou 5,1% abaixo do registrado em agosto.

Nas exportações, o faturamento de setembro ficou 13,73% acima do registrado no mesmo mês de 2006, e 8,79% abaixo de agosto deste ano. As vendas externas realizadas entre janeiro e setembro superam em 1,95% os resultados do mesmo período no ano passado.

As altas de setembro, tanto no mercado interno como no externo, foram puxadas pela venda de materiais de base, como cimento, tubos e conexões. Em relação a setembro de 2006, este segmento teve suas vendas aumentadas em 13,87% no mercado interno e 29,39% no mercado externo. Já os materiais de acabamento, como tintas e pisos e revestimentos registraram alta de 7,67% nas vendas no mercado interno e queda de 15,05% nas exportações, no mesmo período de comparação.

O número de funcionários em setembro nas indústrias de materiais de construção cresceu 3,96% em relação a setembro de 2006 e 0,43% na comparação com agosto deste ano.

Embora considere os resultados alcançados até agora pelas indústrias de material de construção promissores, o presidente da Abramat, Melvyn Fox, lamentou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), anunciada ontem, de interromper a série de 18 cortes consecutivos na taxa básica de juros. A queda dos juros tem sido ferramenta imprescindível para o bom desempenho do setor, explicou Fox.

O presidente da entidade disse ainda que o temor do BC de que a forte procura pelos produtos acelere a inflação não se aplica ao setor de construção. Não há preocupação de que haja falta de materiais no mercado que gere inflação de demanda, disse Fox, em nota.





Fonte: Valor Online

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