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Tangará da Serra: incêndio em Cooperativa na MT 480 paralisa Coleta Seletiva
Um incêndio na Cooperativa de Reciclagem de Resíduos Sólidos de Tangará da Serra, localizada na MT 480, destruiu toda sua estrutura. O incidente ocorreu na madrugada de domingo para segunda-feira.
O fogo que pode ter sido criminoso atingiu também o caminhão utilizado para a ‘Coleta Seletiva’. Com isso os serviços estão paralisados em Tangará da Serra. Cerca de 40 trabalhadores que utilizavam a Cooperativa como única forma de renda, estão desempregados.
O gerente operacional do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Hugo Leonardo, afirma que o prejuízo financeiro é incalculável. O fogo destruiu três prensas, além do caminhão baú utilizado para coleta contratado pelo Samae.
Diante do ocorrido o gerente informa que a coleta seletiva terá que ser paralisada. “Faremos um pronunciamento oficial à população. Pedimos às famílias para que deposite o lixo reciclável como material orgânico. Fizemos uma reunião com a empresa que faz a coleta, que recolherá o material durante esse mês até que a situação se regularize”, fala.
Hugo Leonardo frisa que a Cooperativa terá que recomeçar do zero. “As pessoas falam qualquer coisa, mas eles [cooperados] lutam para colocar o pão de cada dia na mesa e vender um material considerado lixo para alguns e que se torna pão para outros. O prejuízo material com o tempo se recupera. Guerreiro é assim, perde uma batalha, mas não a guerra”, diz.
Edineia Gomes de Oliveira, secretária da Cooperativa, acredita que o incêndio tenha sido criminoso, já que testemunhas viram uma moto preta saindo do local e logo depois o fogo começou. Ela disse ainda que a presidente da Cooperativa recebeu ameaça. “A Polícia Civil irá investigar se a ameaça tem ligação com o incêndio. Um grande prejuízo causado, porque era daqui que tirávamos nosso sustento. A maioria é mulher que inclusive utilizava a renda para dar comida aos filhos”, fala.
DIFICULDADES – A ‘Coleta Seletiva’ funciona no município há cerca de seis e conforme Hugo Leonardo a população aderiu ao projeto. “Não temos tantos catadores na cidade, nem tantas pessoas que trabalham na cooperativa. Por isso há um acúmulo muito grande de material. Não temos empresa para comprar esse material”, comenta o gerente operacional frisando que são vários fatores problemáticos enfrentados pela Cooperativa desde sua criação. “Estávamos tentando regularizar a situação da Cooperativa mediante a Sema. Já estava tudo certo, faltava somente o laudo da Sema, porque a vistoria já havia sido feita”, acrescenta.
Fonte: Lucélia Andrade com Gilvan Mel
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