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Maracanã está distante do padrão de Copa do Mundo
RIO - Duas enormes bandeiras no formato da camisa do Brasil, esticadas nas arquibancadas, estampavam a frase mais vista no complexo do Maracanã: "O novo Maracanã é nosso. E a Copa de 2014 também.” Outros pontos estratégicos, como os placares eletrônicos, informavam que o local será o futuro palco da final de 2014. Comerciais bonitos, bem localizados, mas na realidade, a infra-estrutura no Rio ainda é precária para se organizar um Mundial.
Desde o estacionamento (são poucas as vagas no local, gratuitas), passando pelas vias de acessos, menores filas, e itens como credenciamento e comodidade para a imprensa, tudo precisa de melhorias. Nos arredores do estádio é difícil achar pontos para o torcedor deixar seu carro com segurança.
Quem arrisca deixá-lo em uma esquina - a prefeitura não admite estacionar em volta do Maracanã, sob ameaça de guinchá-lo - tem de desembolsar até R$ 20,00 para flanelinhas que prometem “garantir a segurança do veículo” e, basta a bola rolar, desaparecem. Eles intimidam os motoristas e quem se nega a pagar o que exigem pode ter uma surpresa desagradável na volta do jogo: o veículo corre o risco de ser danificado.
O transporte coletivo também é precário. São somente seis linhas de ônibus que levam o torcedor ao estádio e tem a estação Maracanã da linha 2 do Metrô.
O tratamento aos jornalistas ainda engatinha. Principalmente no credenciamento, no qual exigem foto, confirmação de reserva com antecedência e na hora de retirar o acesso ao campo, ele simplesmente não existe ou foi cancelado por escolha sem critérios da CBF. A Tribuna de Imprensa também é pequena para o nível de um campeonato da grandeza de uma Copa, com imprensa dos quatro cantos do mundo.
Atualmente, o Maracanã conta com 20 cabines para emissoras de tevês e mais 216 lugares, separados em blocos de 3, para rádios, jornais e sites. Oficialmente, garantem comportar 738 pessoas. A mídia impressa conta com apenas 27 lugares, por exemplo. “Teríamos de, no mínimo, dobrar”, informou uma funcionária do departamento.
O número de acessos sem a necessidade de compra de ingresso também necessita ser revisto, como a capacidade real do estádio: 103.022 lugares após as reformas. Nesta quarta, foram 15 mil que entraram de graça, entre os quais idosos, deficientes físicos e crianças no gozo de seus direitos e "convidados especiais" da CBF.
Cinco horas antes de a bola rolar, o trabalho era intenso e confuso na busca para deixar o estádio em perfeitas condições. Ou, pelo menos, maquiado. Sacos plásticos das cores preta e amarela foram utilizados para encobrir o nome de uma empresa que não fazia parte dos patrocinadores da competição, mas que tem placas fixas no estádio. Era escada esticada de um lado, homens com panos e produtos de limpeza do outro.
Nem tudo, porém, é motivo para críticas. O estádio está cheirando à tinta, com cadeiras numeradas em todos os setores. Seu gramado passa por constantes reformas, há promessa de modernização nos sanitários e maior presença de monitores para auxiliar o público, todos bilíngües. Sem contar a boa vontade dos cariocas, povo animado e disposto a ajudar, sempre.
Desde o estacionamento (são poucas as vagas no local, gratuitas), passando pelas vias de acessos, menores filas, e itens como credenciamento e comodidade para a imprensa, tudo precisa de melhorias. Nos arredores do estádio é difícil achar pontos para o torcedor deixar seu carro com segurança.
Quem arrisca deixá-lo em uma esquina - a prefeitura não admite estacionar em volta do Maracanã, sob ameaça de guinchá-lo - tem de desembolsar até R$ 20,00 para flanelinhas que prometem “garantir a segurança do veículo” e, basta a bola rolar, desaparecem. Eles intimidam os motoristas e quem se nega a pagar o que exigem pode ter uma surpresa desagradável na volta do jogo: o veículo corre o risco de ser danificado.
O transporte coletivo também é precário. São somente seis linhas de ônibus que levam o torcedor ao estádio e tem a estação Maracanã da linha 2 do Metrô.
O tratamento aos jornalistas ainda engatinha. Principalmente no credenciamento, no qual exigem foto, confirmação de reserva com antecedência e na hora de retirar o acesso ao campo, ele simplesmente não existe ou foi cancelado por escolha sem critérios da CBF. A Tribuna de Imprensa também é pequena para o nível de um campeonato da grandeza de uma Copa, com imprensa dos quatro cantos do mundo.
Atualmente, o Maracanã conta com 20 cabines para emissoras de tevês e mais 216 lugares, separados em blocos de 3, para rádios, jornais e sites. Oficialmente, garantem comportar 738 pessoas. A mídia impressa conta com apenas 27 lugares, por exemplo. “Teríamos de, no mínimo, dobrar”, informou uma funcionária do departamento.
O número de acessos sem a necessidade de compra de ingresso também necessita ser revisto, como a capacidade real do estádio: 103.022 lugares após as reformas. Nesta quarta, foram 15 mil que entraram de graça, entre os quais idosos, deficientes físicos e crianças no gozo de seus direitos e "convidados especiais" da CBF.
Cinco horas antes de a bola rolar, o trabalho era intenso e confuso na busca para deixar o estádio em perfeitas condições. Ou, pelo menos, maquiado. Sacos plásticos das cores preta e amarela foram utilizados para encobrir o nome de uma empresa que não fazia parte dos patrocinadores da competição, mas que tem placas fixas no estádio. Era escada esticada de um lado, homens com panos e produtos de limpeza do outro.
Nem tudo, porém, é motivo para críticas. O estádio está cheirando à tinta, com cadeiras numeradas em todos os setores. Seu gramado passa por constantes reformas, há promessa de modernização nos sanitários e maior presença de monitores para auxiliar o público, todos bilíngües. Sem contar a boa vontade dos cariocas, povo animado e disposto a ajudar, sempre.
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/202451/visualizar/
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