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Polícia Brasil
Quarta - 17 de Outubro de 2007 às 16:36

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A prisão de policiais civis e militares suspeitos de ligação com o bicheiro João Arcanjo Ribeiro, transferido de Cuiabá para Campo Grande (MS), foi investigada e executada pela inteligência da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vincluado ao Ministério Público do Estado (MPE). Toda operação foi comanda pelo coronel PM Zaqueu Barbosa, cedido pela Sejusp ao Gaeco, cumprindo as ordens judiciais expedidas contra os suspeitos de receber propina do crime organizado.

Mesmo elogiando o MPE, Carlos Brito destaca o trabalho dos órgãos vinculados à Sejusp. "Que fique bem claro: foram as polícias Civil e Militar que fizeram as prisões dos envolvidos, tanto dos delegados como dos PMs", aponta o secretário, sem esconder uma certa apreensão com a forma pouco ortodoxa que tema foi abordado pela imprensa de Mato Grosso, nesta quarta-feira (18/10).

Contra os dois delegados, soldados e investigadores, Brito observa que as corregedorias estão instaurando processos administrativos. "A responsabilidade de cada um deles será apurada e a punição, dependendo do que vier a ser comprovado, poderá ser a expulsão", pondera o titular da Sejusp.

Os policiais suspeitos de envolvimento com o jogo do bicho receberiam entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil por mês para fazer vistas grossas ou dar proteção à contravenção.

Carlos Brito argumenta que a polícia vinha acompanhando e dando suporte ao Gaeco na investigação e combate ao jogo do bicho.

Conforme Brito, a operação Fênix, desenvolvida há alguns meses pela polícia, revelou indícios da retomada do jogo do bicho no Estado. O secretário observou que a Operação Arrego chegou a ser adiada duas vezes e estava prevista para o final deste mês, sendo antecipada em uma semana.

Por seu turno, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Antônio Benedito de Campos Filho, e o corregedor da PM, coronel Francisco Raimundo de Souza, também informaram que já estavam apurando a acusação de envolvido dos cinco soldados presos.

Em nota oficial, Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) explica que, "atendendo a determinação de Governo, acompanha a Operação Arrego, realizada pelo Gaeco, criado pela LC nº 119/02, no âmbito do Poder Executivo e Ministério Público, sendo integrado pela Polícia Militar.

A nota diz ainda que "o Governo do Estado, através da Sejusp, trabalha para o aprimoramento dos seus servidores e não hesitará, sempre que necessário, na adoção de medidas firmes para que prevaleça o interesse público e o fortalecimento das instituições policiais".

Segundo a nota, "as Corregedorias das polícias Civil e Militar tomaram as medidas cabíveis e as investigações continuarão na forma da lei".

No fechamento do texto, a Sejusp explica que "o comando geral da Polícia Militar e a diretoria geral da Polícia Judiciária Civil têm a determinação de agir com rigor contra o crime organizado fazendo prevalecer o interesse da população".




Fonte: Jornal Base Comunitária

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