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Polícia Brasil
Quarta - 17 de Outubro de 2007 às 15:02
Por: Lídice Lannes

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O Poder Judiciário de Mato Grosso deu mais uma demonstração dos esforços que vem empreendendo em prol de mais celeridade na entrega jurisdicional. Juízes, de diferentes comarcas, atuaram concomitantemente na Operação “Arrego” para decretar as prisões dos acusados de envolvimento no esquema jogo do bicho no Estado, realizadas nesta terça-feira (16 de outubro). A transferência de João Arcanjo Ribeiro também foi deferida pela juíza da Vara de Execuções Penais e Corregedora dos Presídios, Selma Rosane Arruda.

Os pedidos foram deferidos em três cidades do Estado, expedidos pela juíza Célia Regina Vidotti, da Quinta Vara Criminal de Cuiabá e pela juíza da comarca de Cláudia, Virgínia Viana Arrais. Para decidir pela autorização de cada prisão as magistradas tiveram que ler e estudar minuciosamente todos os documentos das investigações e ouvir todas as gravações realizadas dos envolvidos no esquema.

Entre as prisões temporárias decretadas estavam as de policiais militares, delegados da polícia civil, investigadores, um advogado, o genro de João Arcanjo Ribeiro e também do próprio Arcanjo. Eles são acusados de atuar em uma organização criminosa comandada por Arcanjo de dentro da prisão, que mantinha o jogo do bicho em várias cidades do Estado. Além disso, com a ‘ajuda’ dos agentes públicos a organização exercia a intimidação de testemunhas em processos nas comarcas e combatia a atuação de ‘concorrentes’ no negócio ilegal.

A juíza Virgínia Arrais, da comarca de Cláudia, deferiu a busca e apreensão nas residências de acusados nos municípios de Cláudia, Sinop, Guarantã do Norte e Peixoto de Azevedo. Os mandados visavam apreender bens obtidos por meios criminosos, documentos, dinheiro, informações existentes em HD’s (discos rígidos) de computadores, notas fiscais e elementos que poderiam servir como prova no procedimento investigatório.

Convencida da gravidade dos fatos narrados nos documentos e do que ouviu nas escutas telefônicas, a magistrada deferiu também o pedido de prisão dos envolvidos na Operação na região de Cláudia. Ela explicou que a prisão temporária é uma modalidade de prisão cautelar, ‘cuja finalidade é assegurar uma eficaz investigação para apurar infração penal de natureza grave’.

A juíza Virgínia explicou que, de acordo com as investigações, a organização atuava subornando delegados de polícia a fim de trabalhar em favor da mesma, perseguindo e eliminando do mercado, eventuais concorrentes da prática delituosa (jogo do bicho). Essa organização seria comandada por João Arcanjo Ribeiro que, mesmo preso, teria nomeado seu genro para “administrar” o negócio.

Ainda de acordo com os documentos apresentados, a delegada presa na operação entrou com pedido de busca e apreensão nos estabelecimentos do ‘concorrente’ de Arcanjo, dizendo que se tratava de uma perigosa quadrilha do Rio de Janeiro. A juíza determinou a busca e apreensão, que não foi cumprida de imediato, supostamente porque a delegada havia recebido quantia maior em dinheiro para não efetuar a determinação. Esta foi cumprida dias depois por outro delegado da cidade.

O Corregedor-Geral da Justiça, desembargador Orlando de Almeida Perri, elogiou a atuação dos juízes de Mato Grosso no deferimento das prisões. Ele ressaltou que isso demonstra que o Poder Judiciário está dando respostas à sociedade. “Temos que deixar claro que a Justiça está atuando com a autorização das prisões, buscas e apreensões”, afirmou.

O corregedor está em viagem de inspeção durante toda esta semana às comarcas do interior do Estado, para buscar melhorar os serviços prestados pelo Judiciário à população mato-grossense.




Fonte: Assessoria/TJ-MT

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