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Internacional
Quarta - 17 de Outubro de 2007 às 14:46

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Cidade do Vaticano, 17 out (EFE) - O Papa Bento XVI anunciou hoje o segundo consistório de seu Pontificado, que será realizado no dia 24 de novembro, no qual nomeará 23 novos cardeais, entre eles o arcebispo de São Paulo, D. Odilo Pedro Scherer.

O religioso manifestou hoje satisfação com a decisão do Vaticano, e disse que o anúncio "é uma honra para São Paulo".

"Estou muito feliz. Estou feliz por São Paulo. Alegro-me com a diocese por esta homenagem", disse o futuro cardeal em declarações concedidas a jornalistas poucas horas depois do anúncio de sua nomeação.

Em março, ele havia substituído como arcebispo de São Paulo o cardeal Cláudio Hummes, atual prefeito da Congregação para o Clero do Vaticano.

O arcebispo de São Paulo também é um dos 18 futuros cardeais com menos de 80 anos e que, com isso, poderão participar de um eventual Conclave para a escolha de um futuro Papa.

Scherer afirmou que, após o anúncio, espera ser mais procurado pelos fiéis.

"Com certeza haverá mais pedidos para que intermedeie situações", disse.

O arcebispo foi reconhecido como um importante mediador em situações políticas e religiosas quando atuou como secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), antes de ser nomeado para o cargo em São Paulo.

Ele nasceu no Rio Grande do Sul e se formou na Pontifícia Universidade Gregoriana (PUG), de Roma. Além disso, é considerado muito próximo à Cúria de Roma.

Scherer também foi o anfitrião de Bento XVI na visita de cinco dias que o Pontífice fez ao Brasil em maio, quando o Papa inaugurou a Assembléia Geral da Conferência Episcopal Latino-Americana (Celam).

Além do brasileiro, o Pontífice escolheu ainda dois latino-americanos: o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, o argentino Leonardo Sandri, e o arcebispo de Monterrey (México), Francisco Robles Ortega.

Durante seu anúncio, o Pontífice destacou que "os novos cardeais vêm de todas as partes do mundo e representam assim a universalidade da Igreja com a multiplicidade de seus mistérios".

Dos 18 cardeais que podem votar no conclave, dez são europeus, dois americanos, três latino-americanos, dois africanos e um asiático, o que aumenta o peso da Europa na futura eleição de um novo Pontífice.

A partir de 24 de novembro, o número de cardeais eleitores europeus subirá para 60, entre eles 39 italianos e 6 espanhóis, frente aos 37 somados da América do Sul, América Central e América do Norte.

A África seria representada em um eventual Conclave por 9 cardeais, enquanto a Ásia teria 13 e a Oceania, 2.

O Papa disse ter ultrapassado em um cardeal a norma criada por Paulo VI e ratificada por João Paulo II, que indica que o número máximo de cardeais eleitores deve ser de 120.

Atualmente, são 121 cardeais, mas isto será momentâneo, pois o ex-Secretário de Estado Angelo Sodano completará 80 anos um dia antes do consistório.

Desta forma, fica confirmada a intenção de Bento XVI de convocar consistórios freqüentemente, com o número exato de cardeais necessários para alcançar o teto de 120.

Na ocasião, o Papa incluiu no Colégio de Cardinalício o novo presidente da Conferência Episcopal Italiana e arcebispo de Gênova, Angelo Bagnasco.

Bento XVI também elevou a categoria de seus colaboradores-membros da Cúria: o Arcipreste da Basílica Vaticana, Angelo Comastri; o presidente da Pontifícia Comissão e do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, Giovanni Lajolo; o arquivista e bibliotecário da Santa Igreja Romana, Raffaele Farina; o presidente do Pontifício Conselho Cor Unum, o alemão Josef Cordes, e o presidente do Pontifício Conselho para os laicos, o polonês Stanislaw Rylko.

Na lista dos novos cardeais estão também o pró-grão-mestre da Ordem Eqüestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, o americano John Patrick Foley, e os arcebispo de Irlanda, Seán Baptist Brady; Paris, André Vingt-Trois; Dacar, Théodore-Adrien Sarr; Mumbai, Oswald Gracias; Houston (Estados Unidos), Daniel N. DiNardo, e Nairóbi, John Njue.

Entre os cinco futuros cardeais com mais de 80 anos, o Papa também deu sinal de apoio aos católicos iraquianos, ao nomear cardeal o Patriarca de Babilônia dos Caldeus, Emmanuel III Delly.

Os outros octogenários que receberão a condecoração são o núncio apostólico da República Tcheca Giovanni Coppa e o ex-reitor da Pontifícia Universidade Lateranense Umberto Betti.

Bento XVI anunciou que também desejava nomear cardeal o bispo polonês Ignacy Jez, de Koszalin-Kolobrzeg, que, no entanto, faleceu na terça-feira.




Fonte: EFE

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