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Polícia Brasil
Segunda - 15 de Outubro de 2007 às 11:44

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O atendente de pizzaria Jailton Pacheco, morto por três punks em um terminal de ônibus no Centro de São Paulo, foi enterrado na manhã desta segunda-feira (15) no Cemitério Lageado, em Guaianazes, na Zona Leste. Os acusados esfaquearam o atendente por causa de um desconto de R$ 0,40 em uma pizza, segundo a polícia.

Uma mulher e dois homens foram presos apontados como culpados da morte na madrugada deste domingo (14). O crime ocorreu após um desentendimento em um quiosque no terminal de ônibus Parque Dom Pedro II, na região central de São Paulo. O trio voltava de um show e parou para fazer um lanche. No local, tentaram comprar um pedaço de pizza - que é vendido por R$ 1,00 - com R$ 0,60.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os funcionários se negaram a dar o desconto e foram atacados aos gritos de “aqui é punk”. Ainda de acordo com a SSP, a mulher envolvida começou a confusão, usando uma vassoura do quiosque para agredir um dos funcionário.

Os demais reagiram e um dos punks teria retirado uma faca com 30 centímetros de lâmina do seu casaco e esfaqueado um deles. A agressão aconteceu por volta da 1h. O atendente atingido no peito e no abdômen chegou a ser encaminhado para o Hospital Vergueiro onde passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.

Após o crime, os dois homens abandonaram a faca e deixaram o terminal. A mulher foi detida por seguranças no local. Na delegacia, ela informou para a polícia o endereço do homem que é acusado de esfaquear o balconista. Os dois comparsas foram localizados, dormindo, em suas casas.

Pacheco deixa um filho de dois meses. “Por causa de R$ 0,40 tirar uma vida, a vida de um pai de família. Amanhã o que eu vou falar para meu filho, quando ele perguntar cadê meu pai?”, lamentou a mulher do atendente, Bruna Costa, de 19 anos, na saída do Instituto Médico-Legal (IML). Os acusados serão transferidos nesta segunda-feira (15) para o 2º Distrito Policial, no Bom Retiro.

Outros crimes

Já são pelo menos seis mortes atribuídas a grupos punks e de skin heads este ano na capital. No dia 22 de junho, o garçom John Clayton Moreira Batista, de 19 anos, estava em um bar na esquina da Alameda Lorena com Rua da Consolação, nos Jardins, quando uma mulher vestida de preto pediu um isqueiro. Como não conseguiu o que queria, ela chamou dois amigos, que já chegaram agredindo quem estava no bar. John foi atingido por facadas e morreu.

Menos de quinze dias antes, o turista francês Gregor Landouar saía de um restaurante também nos jardins quando foi esfaqueado por quatro rapazes, vestindo roupas de skatistas. Dois deles tinham a cabeça raspada.

Em abril, o estudante Ricardo Cardoso, de 22 anos, também morreu depois de ser atacado a facadas na Rua Augusta, na região central da cidade. Uma discussão entre dois grupos punks rivais acabou em mais duas mortes em março. Os autores da agressão são pai e filho.





Fonte: G1

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