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Domingo - 14 de Outubro de 2007 às 12:38

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Belisário, Eglantina, Edméia, Eudóxia e Xongas. Nomes poucos comuns, mas que ficaram conhecidos do público por causa de personagens de novelas. Mas de onde os autores tiram idéia tão originais para batizar seus personagens?

Ricardo Linhares, autor de “Paraíso tropical”, explica: “Os nomes são escolhidos pela sonoridade, faixa etária, nível social, perfil da família. Ivan [Bruno Gagliasso] não poderia se chamar Belisário [Hugo Carvana], por exemplo, que é um nome mais antigo. Porém, Belisário poderia se chamar Ivan, que é um nome mais neutro. É complicado explicar os critérios, até porque, muitas vezes, nos baseamos apenas na intuição”.

Walcyr Carrasco, que assina “Sete pecados”, conta que os nomes de seus personagens vêm de pesquisas. “Eu gosto de nomes diferentes. Alguns, como Palma [Malu Valle], são tradicionais no interior. Já Xongas [Kayky Brito] é uma gíria. Eu sempre pesquiso, boto o nome na cabeça e espero a melhor hora para usar.”

Elizabeth Jhin, que escreve “Eterna magia”, diz que muitos dos nomes curiosos da novela das seis foram inspirados em seus tempos de criança. “Confesso que alguns dos nomes fazem parte da minha infância. Eglantina e Edméia, por exemplo, eram senhoras que moravam perto de mim, em Belo Horizonte”, conta.

A autora lembra de um caso curioso: “O nome Neném também vem da minha infância. Tirei de uma senhora que era dona de uma loja de tecidos, e eu ficava espantadíssima, naquela época, por ela ter o apelido de Neném, sendo uma senhora já idosa”, conta, rindo. “Admito que escolher os nomes dos personagens é uma tarefa que eu adoro e para a qual dedico um cuidado muito especial.”

Homenagear conhecidos, amigos e familiares é mais comum entre os autores do que se pode imaginar. “Toda hora homenageamos alguém. Em ‘Paraíso’, por exemplo: Helena [Dedina Bernadelli] foi batizada em homenagem à minha mãe. Gilda [Luli Muller] é uma tia de Gilberto [Braga, também autor da trama]”, conta Linhares.

Em “Eterna magia”, o personagem do ator Thiago Rodrigues foi batizado de Flávio Falcão em homenagem ao professor de dramaturgia, da autora, que se chama Flávio de Campos. Já o nome da protagonista foi inspirado em um livro.

“O nome precisa ter relação com a época em que se passa a trama e com o perfil do personagem. Nina Rosa é perfeito para um personagem de época e com as características de uma heroína romântica. Ele surgiu da lembrança de um livro que li na adolescência, chamado 'Nina Rosa', e que na época eu adorei”, conta Elizabeth.




Fonte: G1

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