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China realocará 4 milhões por causa de hidroelétrica
Pelo menos mais quatro milhões de pessoas deverão ser retiradas num período de dez a quinze anos da área em volta da represa das Três Gargantas, na China, que faz parte do projeto da maior hidroelétrica do mundo, anunciaram nesta sexta-feira os meios de comunicação estatais chineses.
Cerca de 1,4 milhão de pessoas já estão sendo forçadas a deixar suas casas no controvertido projeto que, autoridades chinesas admitiram há poucas semanas, poderá causar uma "catástrofe ambiental".
Em um fórum sobre o projeto na cidade de Wuhan, especialistas e funcionários chineses envolvidos em Três Gargantas relataram casos de deslizamentos de terra, erosão do solo e poluição da água nas regiões próximas à represa, em funcionamento desde 2006.
Milhões de pessoas deverão ser levadas para a cidade de Chongqing, no extremo oeste da represa.
Algumas dessas pessoas já foram realocadas antes. Entre elas estão pescadores e fazendeiros que deixaram seus antigos vilarejos antes que estes fossem inundados pelas águas da represa, para se estabelecer em áreas mais elevadas no vale do rio Yang-tsé.
"Muitas pessoas colocaram as economias de toda uma vida nas novas casas que construíram", disse Grainne Ryder, do grupo de monitoramento canadense Probe International. "Agora elas são informadas de que terão que começar de novo, o que não é apenas trágico, mas pode levar ainda a mais protestos, seguidos de brutalidade oficial."
Segundo Ryder, tentativas anteriores de realocar camponeses nas cidades tiveram conseqüências negativas.
"Agora eles são trabalhadores sem teto. Muita gente não recebeu terreno que lhes havia sido prometido e nem indenização, como prometido, então está na pobreza", afirmou.
Críticos do projeto de Três Gargantas alertaram há anos sobre os problemas surgidos agora, disse o correspondente da BBC na China, Chris Xia.
Mas o projeto contou com o apoio de figuras poderosas, como o ex-premiê Li Peng e o ex-presidente Jiang Zemin.
Reconhecimento oficial dos problemas, segundo Xia, parece indicar uma tentativa da atual liderança do país de se distanciar do legado negativo da represa.
O projeto, no valor de US$ 25 bilhões, deverá ser completado no final de 2008.
O governo da China optou por construir a megausina no começo dos anos 90 com o argumento de que a obra geraria energia verde, reduzindo emissões de gás carbônico, bem como ajudaria a controlar as cheias do rio Yang-tsé.
De acordo com números oficiais, a hidroelétrica é capaz de reduzir em 100 milhões de toneladas ao ano as emissões de gás carbônico no país, o que ajuda a evitar o aquecimento global.
Cerca de 1,4 milhão de pessoas já estão sendo forçadas a deixar suas casas no controvertido projeto que, autoridades chinesas admitiram há poucas semanas, poderá causar uma "catástrofe ambiental".
Em um fórum sobre o projeto na cidade de Wuhan, especialistas e funcionários chineses envolvidos em Três Gargantas relataram casos de deslizamentos de terra, erosão do solo e poluição da água nas regiões próximas à represa, em funcionamento desde 2006.
Milhões de pessoas deverão ser levadas para a cidade de Chongqing, no extremo oeste da represa.
Algumas dessas pessoas já foram realocadas antes. Entre elas estão pescadores e fazendeiros que deixaram seus antigos vilarejos antes que estes fossem inundados pelas águas da represa, para se estabelecer em áreas mais elevadas no vale do rio Yang-tsé.
"Muitas pessoas colocaram as economias de toda uma vida nas novas casas que construíram", disse Grainne Ryder, do grupo de monitoramento canadense Probe International. "Agora elas são informadas de que terão que começar de novo, o que não é apenas trágico, mas pode levar ainda a mais protestos, seguidos de brutalidade oficial."
Segundo Ryder, tentativas anteriores de realocar camponeses nas cidades tiveram conseqüências negativas.
"Agora eles são trabalhadores sem teto. Muita gente não recebeu terreno que lhes havia sido prometido e nem indenização, como prometido, então está na pobreza", afirmou.
Críticos do projeto de Três Gargantas alertaram há anos sobre os problemas surgidos agora, disse o correspondente da BBC na China, Chris Xia.
Mas o projeto contou com o apoio de figuras poderosas, como o ex-premiê Li Peng e o ex-presidente Jiang Zemin.
Reconhecimento oficial dos problemas, segundo Xia, parece indicar uma tentativa da atual liderança do país de se distanciar do legado negativo da represa.
O projeto, no valor de US$ 25 bilhões, deverá ser completado no final de 2008.
O governo da China optou por construir a megausina no começo dos anos 90 com o argumento de que a obra geraria energia verde, reduzindo emissões de gás carbônico, bem como ajudaria a controlar as cheias do rio Yang-tsé.
De acordo com números oficiais, a hidroelétrica é capaz de reduzir em 100 milhões de toneladas ao ano as emissões de gás carbônico no país, o que ajuda a evitar o aquecimento global.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/202925/visualizar/
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