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Parlamento alemão aprova permanência de tropas no Afeganistão
Berlim, 12 out (EFE).- O Parlamento da Alemanha (Bundestag) aprovou hoje a continuidade de parte das operações do Exército alemão no Afeganistão por mais um ano, apesar das críticas do bloco dos Verdes e do Partido de Esquerda, oposicionistas, que exigiram uma mudança de estratégia do Governo.
O Bundestag deu hoje sinal verde, com os votos da coalizão governamental e apoio do Partido Liberal Democrático (FDP, opositor), para a permanência de seis aviões de reconhecimento de tipo Tornado e de 3,5 mil soldados.
Eles formam um dos principais contingentes da Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (Isaf), sob mandato da Otan.
O ministro da Defesa alemão, Franz Josef Jung, afirmou que a Alemanha "está no caminho certo".
"Somos libertadores e apoiamos a população (afegã)", disse.
A chanceler Angela Merkel e Jung não participaram do debate. No entanto, o titular da Defesa disse estar "satisfeito com a aprovação".
O ministro havia exigido uma "mensagem clara de apoio" aos soldados alemães, e a aprovação da unificação de ambas as missões - a dos Tornados e sua contribuição às Isaf. Ele não estipulou uma data para a retirada das tropas no Afeganistão.
A missão alemã ficará no Afeganistão até pelo menos 13 de outubro de 2008 para garantir a estabilidade no norte do país.
A continuidade na participação na operação antiterrorista "Liberdade Duradoura" - liderada pelos Estados Unidos - será decidida em novembro.
Na votação de hoje, 454 deputados aprovaram um mandato unificado. Houve 79 votos - que correspondem à oposição unânime do Partido de Esquerda, único que exige a retirada das tropas alemãs - contra 49.
"Os bons propósitos não justificam os meios militares", afirmou Lothar Bisky, co-presidente do Partido de Esquerda (Linkspartei), que se tornou um porta-bandeira da paz na Alemanha.
O partido é o único que criticou taxativamente o trabalho da Isaf. A Força tem como missão o restabelecimento da segurança e da estabilidade no Afeganistão e conta com mais de 36 mil soldados de 40 países.
O líder dos pós-comunistas afirmou que os grupos de paz "sofrem um processo de mutação para se transformar cada vez mais em tropas de combate".
A maioria dos Verdes se absteve da votação. Segundo a presidente do partido, Renate Künast, eles exigiram hoje uma mudança na estratégia para o Afeganistão, que reforce a reconstrução do país.
Alem disso, ela exigiu que a chanceler Angela Merkel viaje ao Afeganistão para "fazer um quadro da situação".
Curiosamente, a mensagem de apoio mais clara vinha dos liberais. Para seu presidente Guido Westerwelle, "Cabul voltaria a ser capital do terrorismo no mundo" se as tropas estrangeiras forem retiradas.
Pouco antes da votação, soldados alemães voltaram a ser alvo de ataques no Afeganistão. Além disso, três foram feridos num atentado suicida há menos de uma semana.
O Bundestag deu hoje sinal verde, com os votos da coalizão governamental e apoio do Partido Liberal Democrático (FDP, opositor), para a permanência de seis aviões de reconhecimento de tipo Tornado e de 3,5 mil soldados.
Eles formam um dos principais contingentes da Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (Isaf), sob mandato da Otan.
O ministro da Defesa alemão, Franz Josef Jung, afirmou que a Alemanha "está no caminho certo".
"Somos libertadores e apoiamos a população (afegã)", disse.
A chanceler Angela Merkel e Jung não participaram do debate. No entanto, o titular da Defesa disse estar "satisfeito com a aprovação".
O ministro havia exigido uma "mensagem clara de apoio" aos soldados alemães, e a aprovação da unificação de ambas as missões - a dos Tornados e sua contribuição às Isaf. Ele não estipulou uma data para a retirada das tropas no Afeganistão.
A missão alemã ficará no Afeganistão até pelo menos 13 de outubro de 2008 para garantir a estabilidade no norte do país.
A continuidade na participação na operação antiterrorista "Liberdade Duradoura" - liderada pelos Estados Unidos - será decidida em novembro.
Na votação de hoje, 454 deputados aprovaram um mandato unificado. Houve 79 votos - que correspondem à oposição unânime do Partido de Esquerda, único que exige a retirada das tropas alemãs - contra 49.
"Os bons propósitos não justificam os meios militares", afirmou Lothar Bisky, co-presidente do Partido de Esquerda (Linkspartei), que se tornou um porta-bandeira da paz na Alemanha.
O partido é o único que criticou taxativamente o trabalho da Isaf. A Força tem como missão o restabelecimento da segurança e da estabilidade no Afeganistão e conta com mais de 36 mil soldados de 40 países.
O líder dos pós-comunistas afirmou que os grupos de paz "sofrem um processo de mutação para se transformar cada vez mais em tropas de combate".
A maioria dos Verdes se absteve da votação. Segundo a presidente do partido, Renate Künast, eles exigiram hoje uma mudança na estratégia para o Afeganistão, que reforce a reconstrução do país.
Alem disso, ela exigiu que a chanceler Angela Merkel viaje ao Afeganistão para "fazer um quadro da situação".
Curiosamente, a mensagem de apoio mais clara vinha dos liberais. Para seu presidente Guido Westerwelle, "Cabul voltaria a ser capital do terrorismo no mundo" se as tropas estrangeiras forem retiradas.
Pouco antes da votação, soldados alemães voltaram a ser alvo de ataques no Afeganistão. Além disso, três foram feridos num atentado suicida há menos de uma semana.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/203058/visualizar/
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