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Nacional
Quinta - 11 de Outubro de 2007 às 23:23

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Os religiosos do Santuário Nacional de Nossa Senhora de Aparecida estudam reformar a Sala de Promessas, segundo local mais visitado do centro religioso do interior de São Paulo. De acordo com o padre Maciel Pinheiro, que há dois anos é o responsável pelo espaço, a intenção é facilitar a aproximação dos fiéis. "Temos de recuperar a mística para não perder a sacralidade. Quando a pessoa perde a noção de que este é um espaço religioso tudo perde o sentido. Hoje, tem gente que entra fumando", explica o religioso. "Tivemos que instalar placas reforçando que este é um espaço de oração."

A Sala de Promessas, organizada em um espaço amplo no subsolo da Catedral de Aparecida, reúne objetos pessoais, fotos e peças em cera deixadas por fiéis, além de cartas contando milagres atribuídos a Nossa Senhora. Os itens são protegidos por vidros e não podem ser tocados. No centro do salão há uma imagem da padroeira, local em que alguns fiéis se ajoelham e rezam.

A maioria dos visitantes continua trazendo objetos, mas atualmente poucos são expostos. Não há mais espaço. Boa parte das peças é repassada para o bazar local ou destruída. Os religiosos organizam três missas por semana em homenagem aos fiéis. "Nossa intenção é reestruturar esse espaço e tranformá-lo em uma capela. Queremos facilitar para os romeiros." A reforma é dada como certa pelo religioso, mas ainda não tem data para acontecer.

TVs na entrada

Uma das inovações que o padre Maciel sugeriu à direção do Santuário é a instalação de duas TVs nas extremidades do salão. "Com os monitores, podemos orientar os fiéis sobre o sentido da promessa. Trata-se de um compromisso de amor com Deus. É uma maneira de agradecer pelo amor", diz. "Nossa Senhora sempre foi a grande intercessora junto a Deus."

Durante o feriado de 12 de outubro, a Sala costuma ficar lotada praticamente todo o tempo. Muitos dos romeiros que peregrinam até Aparecida deixam objetos. "Uma das peças mais bonitas que temos é a de uma senhora que retirou 250 pedras da visícula e as colou em um álbum como agradecimento." Também fazem parte da coleção camisas de times de futebol, capacetes, discos e violas.

"Aquele canto a gente chama de canto do esporte, que tem objeto de todos que praticam esportes, não só dos famosos", explica o padre, apontando para o espaço. Na prateleira, um joelho de cera entregue pelo atacante Ronaldo, fica próximo a camisas de times pouco conhecidos. "Das equipes, a que mais vem aqui é a do São Paulo. Os outros padres falam que é por isso que eles estão ganhando tudo e dizem que o Corinthians só perde porque nunca vem", diz o padre, que é corintiano.





Fonte: G1

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