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Economia
Quinta - 11 de Outubro de 2007 às 08:28
Por: Marcondes Maciel

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Após um período de “compasso de espera”, as autoridades mato-grossenses estão retomando as conversações em torno do alcoolduto. “Vamos buscar informações sobre o projeto do poliduto, que é muito importante para o escoamento de álcool e biodiesel”, afirmou o secretário adjunto de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Rodrigues Palma, lembrando que o governo está “em busca de soluções” que levem ao aumento da produção. “Se for preciso, vamos usar áreas degradadas para o plantio de cana. Temos que achar uma alternativa”, afirmou Palma.

O próximo passo, segundo ele, será uma visita na próxima segunda-feira à Superintendência do Porto de Paranaguá, que terá também a participação do gerente de Desenvolvimento de Projetos da Transpetro, Ubiracy Martins, do presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado (Sindálcool), Piero Parini, e dos deputados Carlos Avalone Júnior, Wagner Ramos e José Domingos.

“Nesta visita vamos conhecer a logística para o embarque do produto em Paranaguá, bem como o que poderemos fazer para agilizar a construção da obra”, afirma o diretor executivo do Sindálcool, Jorge dos Santos.

Segundo ele, a atual produção de álcool de Mato Grosso não viabiliza economicamente a construção do poliduto até Cuiabá.

“Primeiro precisamos viabilizar o aumento da produção e atrairmos novas usinas. Para isso será importante destravar as exigências descabidas dos órgãos ambientais, que dificultam a instalação de qualquer projeto nesta área [plantação da cana e produção do álcool]”.

Segundo Santos, há exigências ambientais para o plantio de cana, o mesmo ocorrendo para a implantação de uma destilaria, onde também é exigido o EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental). “Para se ter uma idéia, o EIA/Rima chega a demorar até 18 meses para ficar pronto e custa, em média, R$ 1 milhão por projeto. Se não tivermos sinalização do órgão ambiental do Estado de que podemos construir o empreendimento sem ter problemas com EIA/Rima, ninguém vai querer construir usinas em Mato Grosso.

De acordo com o executivo, a construção do poliduto até Cuiabá é importante porque irá reduzir os preços do frete em até 70%, possibilitando o transporte não só de álcool e biodiesel, mas também de gasolina e óleo diesel.

“Mato Grosso vai lutar pela construção do poliduto. Não queremos apenas que a obra seja utilizada apenas para transportar álcool. Teremos no futuro uma grande produção de biodiesel, por isso estamos defendendo a implantação do poliduto, que cumprirá as duas funções”, afirmou o secretário adjunto de Desenvolvimento de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Rodrigues Palma.





Fonte: Diáio de Cuiabá

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