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Acidente com Herbert Vianna pode ter causa material, diz laudo
O acidente de ultraleve que deixou paraplégico o cantor e compositor Herbert Vianna, e que matou a mulher dele, Lucy, em fevereiro de 2001, em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, pode ter sido provocado por degradação do material utilizado na aeronave. A conclusão consta de um laudo feito por dois peritos do comando-geral de tecnologia do ministério da Defesa, e divulgado pelo juiz Carlos Fernando Potyguara Ferreira, da 2ª. Vara Cível da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
O laudo complementar constata que o material com que foi fabricado o ultraleve poderia se degradar com o aquecimento, mas adverte que não se pode afirmar que isso provocou o acidente, uma vez que não há condições de quantificar as condições do aparelho no momento do acidente.
Assinado pelos peritos Mario Lima de Alencastro Graça e Roberto Gil Annes da Silva, o documento informa ainda que o fabricante alemão recomendara modificações no ultraleve. O problema se localizaria no material próximo à cauda, que, ao ser exposto a temperaturas altas, perderia rigidez e flexibilidade.
Em laboratório, os dois peritos reproduziram condições em que o material poderia ter se aquecido, simulando temperaturas que variavam de 23 a 50 graus. O laudo diz que a partir dos 40 graus registra-se queda da resistência. Com 50 graus, haveria uma queda de 61% na rigidez e 47% na resistência.
Advogado de Herbert
O advogado do cantor, Ronaldo Eduardo Vianna, considerou positivo o laudo dos dois peritos do ministério da Defesa. Para ele, a temperatura do ultraleve deve ter ultrapassado os 40 graus no momento do acidente, já que a aeronave partira da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, com destino a Angra dos Reis num dia ensolarado. O calor do motor também poderia ter contribuído para a deterioração do material.
Baterista João Barone fala em justiça
O baterista do grupo Paralamas, João Barone, acredita que será feita justiça ao companheiro Herbert. Ele falou ao G1:
“ Qualquer alegação sobre irresponsabilidade do Herbert Viana no acidente é patética. Eu já voei com ele de ultraleve, antes do acidente, e posso dizer que ele sempre prestava atenção nos procedimentos de segurança. Existem outros incidentes envolvendo aeronaves similares que indicam que o avião tem falhas estruturais”.
Ainda segundo Barone: “O Herbert havia comprado a versão mais moderna do ultraleve e jamais poderia imaginar que o equipamento teria uma falha em sua estrutura. Eu lembro que na época insinuaram que ele teria feito looping com o ultraleve, não é possível fazer uma manobra dessas. Houve muita especulação. Mas posso garantir que nada disso abala a integridade do Herbert", concluiu.
O pai de Herbert, Hermano, não quis comentar o caso. Disse que o advogado está autorizado a falar pelo filho dele.
O laudo complementar constata que o material com que foi fabricado o ultraleve poderia se degradar com o aquecimento, mas adverte que não se pode afirmar que isso provocou o acidente, uma vez que não há condições de quantificar as condições do aparelho no momento do acidente.
Assinado pelos peritos Mario Lima de Alencastro Graça e Roberto Gil Annes da Silva, o documento informa ainda que o fabricante alemão recomendara modificações no ultraleve. O problema se localizaria no material próximo à cauda, que, ao ser exposto a temperaturas altas, perderia rigidez e flexibilidade.
Em laboratório, os dois peritos reproduziram condições em que o material poderia ter se aquecido, simulando temperaturas que variavam de 23 a 50 graus. O laudo diz que a partir dos 40 graus registra-se queda da resistência. Com 50 graus, haveria uma queda de 61% na rigidez e 47% na resistência.
Advogado de Herbert
O advogado do cantor, Ronaldo Eduardo Vianna, considerou positivo o laudo dos dois peritos do ministério da Defesa. Para ele, a temperatura do ultraleve deve ter ultrapassado os 40 graus no momento do acidente, já que a aeronave partira da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, com destino a Angra dos Reis num dia ensolarado. O calor do motor também poderia ter contribuído para a deterioração do material.
Baterista João Barone fala em justiça
O baterista do grupo Paralamas, João Barone, acredita que será feita justiça ao companheiro Herbert. Ele falou ao G1:
“ Qualquer alegação sobre irresponsabilidade do Herbert Viana no acidente é patética. Eu já voei com ele de ultraleve, antes do acidente, e posso dizer que ele sempre prestava atenção nos procedimentos de segurança. Existem outros incidentes envolvendo aeronaves similares que indicam que o avião tem falhas estruturais”.
Ainda segundo Barone: “O Herbert havia comprado a versão mais moderna do ultraleve e jamais poderia imaginar que o equipamento teria uma falha em sua estrutura. Eu lembro que na época insinuaram que ele teria feito looping com o ultraleve, não é possível fazer uma manobra dessas. Houve muita especulação. Mas posso garantir que nada disso abala a integridade do Herbert", concluiu.
O pai de Herbert, Hermano, não quis comentar o caso. Disse que o advogado está autorizado a falar pelo filho dele.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/203298/visualizar/
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