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Economia
Quarta - 10 de Outubro de 2007 às 20:24

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A alternativa para a redução do frete cobrado em Mato Grosso via ferrovia está longe de se tornar realidade. Somente em março de 2008 a concessionária América Latina Logística (ALL) apresentará um estudo de viabilidade para a construção do trecho de 200 km da Ferronorte entre os municípios de Alto Araguaia e Rondonópolis. Ainda não existe previsão para que a ferrovia chegue até Cuiabá.

Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (10.10) na Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, a viabilização da Ferronorte até Cuiabá foi exaustivamente discutida. De acordo com o assessor especial do Ministério da Casa Civil, Bernardo Figueiredo, existe o comprometimento do governo federal em cumprir o prazo estabelecido no PAC. “O problema é que não se pode investir um centavo de dinheiro público no projeto, que é privado. Primeiro precisamos encontrar instrumentos legais para viabilizar a obra”, afirmou.

A ampliação da ferrovia é uma das obras inseridas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, com previsão para ser entregue até 2010. A chegada dos trilhos até Rondonópolis é vista como o primeiro passo para a redução dos custos com o escoamento da produção, já que hoje a presença da ferrovia no Estado não tem garantido competitividade aos produtores rurais.

“Nossa preocupação é que muito se fala em otimização do custo da produção, mas os benefícios não chegam até os produtores”, pontuou o assessor das comissões da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Edeon Vaz Ferreira.

De acordo com o levantamento realizado pela Aprosoja e apresentado pelo presidente do Fórum Pró-Ferrovia Cuiabá, vereador Francisco Vuolo, o frete cobrado por uma tonelada de soja de Sorriso ao Porto de Santos via rodovia é de R$ 206,00, sendo que no atual trecho operado pela Ferronorte sai por R$201,00, uma diferença mínima. O presidente do Fórum afirmou que “não existe instrumento legal para cobrar prazo e preço de frete praticado pela ALL, que deveria ser no mínimo 30% mais barato”.

A ALL foi notificada pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) para entregar um estudo de viabilidade da ferrovia, inclusive com a previsão de prazos e custos. O projeto para o trecho entre Alto Araguaia e Rondonópolis teve um orçamento estimado pela antiga concessionária em R$ 600 milhões, mas os números estão sendo revistos e pode haver acréscimo devido à alta no preço do aço.

O diretor financeiro da ALL, Sérgio Pedreiro, acredita que será possível montar uma equação financeira para o início das obras. A concessionária estaria aberta para negociar um financiamento tanto com o setor público como com o privado. Pedreiro explicou que depois de comprar a Brasil Ferrovias, a ALL ainda está em situação financeira que inspira cuidados devido ao grande volume de dívidas.

Na reunião, também não foi descartado um contrato com a empresa Valec Engenharia e Construção e Ferrovias, que ganhou a subconcessão da Ferrovia Norte-Sul por R$ 1,478 bilhão.





Fonte: Assessoria

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