Corpo de bebê é encontrado em depósito de lixo em MG

O corpo de um recém-nascido do sexo masculino, ainda com o cordão umbilical, foi encontrado ontem em um depósito de lixo da cidade de Monte Sião, no sul de Minas Gerais. O bebê estava envolto em um saco plástico e foi despejado de um caminhão que faz a coleta de lixo em quatro bairros da região central do município. A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso e iniciou um levantamento para tentar descobrir o paradeiro da mãe do recém-nascido.

O delegado de Monte Sião, Sérgio Peroni, disse que a perícia indicou que o cordão umbilical da criança sofreu procedimento hospitalar. A polícia trabalha com a hipótese de o recém-nascido ter sido morto por asfixia. O corpo do menino foi encontrado com um pedaço de plástico amarrado no pescoço, o que leva a crer que o bebê tenha sofrido estrangulamento antes de ser jogado no lixo. "Supomos que isso teria sido a causa da morte", afirmou o delegado. "Em princípio, o principal suspeito do crime é a mãe", destacou. A participação de outras pessoas, porém, não está descartada.

Inquérito

A Polícia Civil informou que o delegado Anderson Pires Bahia entregará amanhã à Justiça de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, o inquérito policial que investigou o abandono de uma menina recém-nascida, resgatada das águas poluídas do ribeirão Arrudas no último dia 30. A criança morreu depois de permanecer cinco dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Maternidade Municipal de Contagem.

A mãe, Elisabete Cordeiro dos Santos, que confessou ter atirado a filha no ribeirão - alegando achar que ela estava morta - e está presa, deverá ser indiciada por homicídio doloso (quando há intenção de matar), culposo (quando não há intenção de matar) ou infanticídio. Para a conclusão do inquérito, o delegado aguarda o laudo de sanidade mental da mãe solicitado ao Instituto Médico-Legal (IML). O documento irá apontar se Elisabete tem algum problema psiquiátrico, sofreu trauma ou depressão pós-parto.