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Economia
Segunda - 08 de Outubro de 2007 às 21:45

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Luxemburgo, 8 out (EFE).- Os ministros da Economia da zona do euro se mostraram hoje satisfeitos com as declarações das autoridades americanas de que a valorização do dólar é interessante para sua economia e evitaram enviar a Washington uma mensagem sobre a necessidade de fortalecimento da moeda americana.

Já com a China, os ministros da eurozona foram mais duros. Eles pediram ao Governo chinês que deixe sua moeda flutuar livremente no mercado. Também anunciaram o envio de uma delegação a Pequim, até o fim do ano, para discutir políticas econômicas com as autoridades do país.

Essas foram as principais conclusões da reunião de hoje sobre a situação do mercado de moedas e teve como objetivo a fixação de uma posição comum para a próxima reunião de ministros e chefes dos bancos centrais do G-7 (os países mais industrializados do mundo).

Em entrevista coletiva no término do encontro, o presidente do grupo e primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, explicou que, para os ministros, a taxa de câmbio deve refletir os fundamentos da economia e que a volatilidade excessiva é prejudicial para o crescimento econômico.

As diferenças entre os países-membros impediram a antecipação de uma mensagem mais exigente aos EUA, para que o país tente reduzir seus déficits correntes e comerciais e permita a valorização do dólar, como vinham pedindo nas últimas semanas.

O ministro das Finanças alemão, Peer Steinbrück, deixou claro na entrada da reunião que não compartilha da preocupação da maioria de seus parceiros pela valorização da moeda européia e disse que prefere um euro forte a um fraco.

Quanto à cotação do euro diante do iene, os ministros se mostraram de acordo com as autoridades japonesas, que alegam que sua economia está em fase de recuperação e confiam que essa evolução seja percebida pelos mercados.

A UE insistiu na solidez da economia da área e considerou que as turbulências financeiras terão um impacto "moderado" em 2007, embora os riscos para as previsões de crescimento em 2008 tenham aumentado.

Sobre isso, o comissário de Assuntos Econômicos e Monetários, Joaquín Almunia, reconheceu que a crise derivada dos problemas no mercado imobiliário americano provocou perda de confiança e contribuirá para um endurecimento das condições de financiamento, mas insistiu que a solidez da economia será útil para "enfrentar bem as dificuldades".

Por último, os ministros comentaram a situação orçamentária em vários países da área, com atenção espacial à França.

Segundo Juncker, o programa de reformas apresentado pelo novo Governo francês é "ambicioso" e alinhado com a agenda de Lisboa.

Os ministros lamentaram que o projeto de orçamentos para 2008 não se ajuste ao objetivo estabelecido por todos os países da área de equilibrar as finanças públicas, no máximo até 2010.

Almunia afirmou que só no cenário mais otimista de crescimento e evolução da renda na França conseguiria eliminar o déficit público até 2010 e acredita ser muito mais provável que adie o prazo para 2012.

O comissário disse também que há certas divergências entre Bruxelas e Paris sobre as previsões de crescimento e de saldo público, contempladas no projeto de orçamentos.




Fonte: EFE

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