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Agronegócios
Segunda - 08 de Outubro de 2007 às 12:09

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Assista ao VídeoSobe o número de produtores mato-grossenses que buscam autorização para plantar soja transgênica. A prática ainda é tímida, mas a expectativa do setor é que o cultivo deste tipo de semente ganhe força no Estado. Especilistas alertam, pois ainda são necessárias mais pesquisas sobre o produto.

Visualmente, entre a soja transgênica e a tradicional não existe diferença. A modificação está no conteúdo. "Pode ser transferido um gene de uma espécie para a mesma espécie, soja para soja, como por exemplo. Ou pode ser transferido de espécies diferentes, como a soja para o milho. Também em reinos diferentes, dos animais para os vegetais, sendo uma bactéria para uma soja, por exemplo", explicou a especialista em genética de vegetais Patrícia Helena de Azevedo.

A soja criada em laboratório seria mais resistente às pragas e lagartas. O que teoricamente diminui a aplicação de defensivos agrícolas na lavoura. Mas o grão ainda é objeto de estudos. O que deixa dúvidas quanto à eficiência produtiva e nutricional. Ainda não se sabe se a soja transgênica é ou não prejudicial à saúde.

"Ainda está sendo estudado, no caso da soja, se realmente diminui a aplicação dos herbicidas. Porque muitas vezes, como o produtor só possui um produto no qual a planta de soja é resistente, acaba aumentando a aplicação deste produto", disse a especialista.

Em relação a outros estados, Mato Grosso evolui timidamente quanto ao cultivo da soja transgênica. Mas muitos produtores mostram interesse em desenvolver a atividade. Os números são favoráveis e a produção do grão deve aumentar em média 6% na próxima safra. Seria o reflexo dos números apresentados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

Cerca de 48% dos produtores de sementes do Estado já solicitaram a autorização ao Governo Federal para investir no grão transgênico. Além de Mato Grosso, a semente também iria para Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul. "Nós tínhamos uma área plantada entre 5% a 8%. Já os trangênicos devem permanecer com 24% e 25% desse total. Nós acreditamos que este ano será de aculturamento nessa nova tecnologia, porém, em um horizonte de médio a longo prazo, devemos produzir em larga escala principalmente transgênicos como é nos Estados Unidos e na Argentina, nossos principais concorrentes", afirmou o diretor executivo da Aprosoja, Marcelo Duarte.





Fonte: TVCA

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