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Domingo - 07 de Outubro de 2007 às 16:56
Por: CLÊNIA GORETTH

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A sensação de dever cumprido em relação à co-responsabilidade pelo desenvolvimento social e as constantes dores de cabeça ocasionadas pela dificuldade em se encontrar mão-de-obra qualificada motivaram um grupo de empresários de Campo Verde, distante 139 km ao Sul de Cuiabá, a aceitar o desafio de exercerem o papel de agentes de formação profissional.

A proeza está sendo concretizada por meio do projeto "Fazendo e Aprendendo", idealizado pela equipe da Secretaria Municipal de Ação e Promoção Social de Campo Verde, com apoio pedagógico da Unidade do Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ceprotec) de Rondonópolis.

O projeto é repleto de inovações, começando pela estruturação pedagógica: 90% da carga horária são destinadas para aulas práticas remuneradas e 10% para aulas teóricas. Ao contrário dos projetos de qualificação convencionais, no "Fazendo e Aprendendo" em uma turma é possível a realização de certificações variadas.

"Concluímos a segunda turma beneficiada com o projeto esta semana. Na primeira, formamos profissionais nos cursos de auxiliar administrativo, corte e costura, auxiliar de eletricista de automóveis, auxiliar mecânico, manutenção de vias e logradouros, auxiliar de serralheiro e vendas. Desta vez, desenvolvemos os cursos de auxiliar de serviços gerais, auxiliar administrativo, padeiro, açougueiro, confeiteiro, recepcionista, auxiliar de cozinha e auxiliar de pedreiro", destacou a diretora da Unidade do Ceprotec de Rondonópolis, Neiva Terezinha de Cól.

Segundo ela, 33 alunos iniciaram a primeira turma e 29 concluíram com êxito. A segunda turma iniciou com 58 alunos e fechou com 39. "A maioria das desistências foi por questões particulares. Tivemos pouquíssimos casos de não adaptação ao projeto", informou a diretora. A terceira turma do Projeto "Fazendo e Aprendendo" está prevista para o primeiro trimestre de 2008

Para obter a aprovação final, o aluno deve ter um percentual de frequência de, no mínimo, 75%. A freqüência também é requisito para o recebimento de uma cesta básica mensal no decorrer do curso.

A diretora do Ceprotec explica que a definição dos cursos oferecidos partiu de um levantamento de demanda apresentado pela Prefeitura Municipal de Campo Verde. "Com base nesse levantamento, realizamos entrevistas com os empresários que atuam nos segmentos contemplados para obtermos os subsídios necessários para elaboração dos planos de ensino", destacou.

O coordenador de cursos profissionalizantes da Secretaria Municipal de Ação e Promoção Social, professor Josias Conceição da Silva, diz que, concomitantemente a atividade do Ceprotec, foi desenvolvido um trabalho de convencimento junto aos empresários para que eles aderissem à iniciativa, permitindo a realização das aulas práticas dentro dos seus estabelecimentos, disponibilizando um monitor para acompanhar o dia-a-dia do aluno dentro da empresa e ainda fornecendo uma bolsa auxílio de um salário mínimo para o aprendiz.

"O principal argumento utilizado junto aos empresários foi à possibilidade da empresa suprir a necessidade de profissionais qualificados e ainda contribuir para a inclusão social", ressaltou o coordenador.

A receptividade e o envolvimento da classe empresarial com o projeto, segundo ele, superaram as expectativas. Até o momento, 14 empresas privadas e várias secretarias municipais aderiram ao "Fazendo e Aprendendo".

São elas: Montana Retífica de Motores, Pengy Modas Íntimas, Auto Elétrica Paraná, Bombas Diesel, Disk Limp, Retífica de Motores Rabelo, Antel Metalúrgica e Vidraçaria, Primacom, Provalle, Supermercado Paranaense, Supermercado Ponto Sul, Supermercado Belo Brasil, Sicredi Cerrados, Sicredi URDC e secretarias municipais de Administração, Ação e Promoção Social, Desenvolvimento Agrícola e Meio Ambiente, Educação e Cultura, Esportes e Lazer, Habitação e Urbanismo, Obras e Viação,e Saúde e Saneamento.





Fonte: Ceprotec -MT

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