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Polícia Brasil
Sábado - 06 de Outubro de 2007 às 19:26

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SÃO PAULO - A Delegacia Geral decidiu afastar três delegados, quatro investigadores e um agente policial investigados pelo Ministério Público e pela Corrgedoria da Polícia Civil sob a suspeita de envolvimento nos achaques, seqüestros, roubos e tortura praticados por policiais contra integrantes da quadrialha do megatraficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía.

Na sexta-feira, 5, o ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeu que Abadía só seja extraditado após cumprir a pena no Brasil. També na sexta, o juiz Fausto de Sanctis ouviu os últimos cinco acusados de integrar o bando do megatraficante, entre eles Daniel Bráz Maróstica e Ana Maria Stein. O advogado do casal, Julio Clímaco Jr., não comentou os achaques que seus clientes teriam sofrido.

A Corregedoria da Polícia Militar investiga o envolvimento de outros policiais no caso. O Estadão dest sábado revelou que assustado com a virulência e com o apetite de policiais corruptos do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), o colombiano Henri Edival Lagos resolveu deixar o Brasil. Conhecido como Primo ou Pacho, era o homem de confiança de Abadía. Foi seqüestrado e espancado por uma equipe do Denarc em julho do ano passado em Aldeia da Serra e, para não expor a quadrilha que lavava dinheiro do tráfico do Cartel Norte do Vale, deixou o País e atualmente é foragido da Justiça Federal.

Na primeira investida, os policiais exigiram US$ 1 milhão, mas o bando de Abadía pagou US$ 400 mil, em espécie, pelo resgate de Pacho. Dois meses depois, o mesmo grupo de policiais foi atrás do piloto André Luiz Telles Barcellos, tido como braço direito de Abadía. Pediu R$ 1 milhão e levou US$ 220 mil, mais R$ 85 mil que o piloto carregava em uma sacola, da venda de um veículo.

As outras vítimas dos policiais foram o operador de Abadía em São Paulo, Daniel Bráz Maróstica, e sua mulher, Ana Maria Stein. Os policiais acreditavam que Ana Maria era mulher de Pacho, por usar um de seus carros, e a levaram para "averiguações" no prédio do Denarc. O grupo pagou R$ 150 mil para uma equipe soltá-la e outros R$ 60 mil para um investigador, que negociou a soltura com os policiais. Dias depois, Maróstica foi abordado por policiais na rua. Dirigia uma moto da quadrilha, levada pelos policiais.





Fonte: Estadão

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