Correa reduz ganho de petroleiras estrangeiras no Equador

QUITO, 4 Out 2007 (AFP) - O Equador ficará com 99% da renda extraordinária obtida com a venda do petróleo, anunciou nesta quinta-feira o presidente Rafael Correa, ao modificar a lei que dividia em partes iguais com as multinacionais os ganhos com a alta nos preços do produto.

O novo decreto "estabelece que 99% da renda extraordinária do petróleo ficará para o Estado, e o 1% restante caberá às empresas. Até o momento, existia uma distribuição em partes iguais", assinalou Correa.

O presidente justificou a reforma assinalando que é "insuficiente que o Equador receba 50%" da renda com os excedentes "dos contratos de participação, como ocorreu nos anos anteriores".

Entre as multinacionais afetadas pela decisão de Correa está a Petrobras, que atua no Equador desde 1996, na exploração e produção petrolífera e no transporte por oleoduto.

A Petrobras já investiu 430 milhões de dólares no Equador e tem previsão para investir mais 300 milhões nos próximos anos.