Um grupo de hackers roubou U$ 45 milhões (cerca de R$ 90 milhões) de instituições financeiras em 27 países. O grupo conseguiu ter acesso a bases de dados de empresas asiáticas e dos Estados Unidos e, através de cartões falsificados, retirou o montante em caixas eletrônicos. As informações são do portal Yahoo.
"Este foi um típico assalto a banco do século XXI, que ocorreu através da internet e se espalhou ao redor do mundo”, disse Loretta E. Lynch, procuradora norte-americana para o Distrito Leste de Nova York, que cuida do caso. “Movendo-se literalmente na velocidade da internet, essa organização traçou seu caminho a partir dos sistemas de informática de corporações internacionais para as ruas de Nova York", afirmou.
Segundo o jornal Washigton Post, apenas os bancos foram lesados. Mas a ação reforça o temor em torno dos novos sistemas de pagamentos – como, por exemplo, os realizados através de equipamentos como smartphones –, que geram uma série de novos riscos.
"Novas tecnologias e o rápido crescimento da internet eliminaram as fronteiras tradicionais dos crimes financeiros e proporcionaram novas oportunidades para os criminosos ameaçarem o sistema financeiro mundial", disse Steven Hughes, agente especial encarregado do Serviço Secreto do Estado de Nova York.
Sete supostos integrantes da ciberquadrilha, todos jovens com cerca de 20 anos, foram presos em Nova York, enquanto um oitavo suspeito foi assassinado em abril na República Dominicana – não está comprovado se há relação entre a morte e o crime. Os detidos enfrentam processo sob acusação de conspiração e lavagem de dinheiro, e podem pegar penas de sete a dez anos de prisão.
Segundo as investigações, os mentores do crime, cujos nomes ou paradeiros não foram divulgados, violaram os códigos de uma empresa indiana que processa transações de cartões da MasterCard, além de outra instituição nos Emirados Árabes Unidos. Em seguida eles distribuíram os números de cartões associados a contas hackeadas para serem saqueadas por associados ao redor do mundo.
O grupo obteve dados de cartões de débito, eliminou os limites de levantamento das contas, criou códigos de acessos e depois usou uma rede de operativos de cartões falsos para levantar o valor.
Os ataques foram realizados em dois momentos diferentes: em dezembro de 2012 e em fevereiro deste ano. No segundo, foram realizados mais de 36 mil saques, que acarretaram na aquisição de 40 milhões de dólares.
A investigação foi realizada em uma cooperação internacional, envolvendo outros países como Japão, Canadá, Alemanha e Romênia.
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