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Polícia Brasil
Quinta - 04 de Outubro de 2007 às 18:35

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Os órgãos do adolescente morto não devem ser doados. A decisão é do corpo clínico do Hospital Geral Universitário, em Cuiabá, após uma infecção generalizada atingir os órgãos de Alessandro. O adolescente Alessandro Firmino Metelo chegou ao hospital em estado grave de saúde. A situação se agravou e a equipe médica constatou a morte cerebral do adolescente ontem à tarde. Após a análise do quadro de saúde, os médicos iniciaram os procedimentos para a doação dos órgãos.

Em primeiro lugar foram colhidos materiais sorológicos de Alessandro para que se confirmasse a negatividade de algumas doenças transmissíveis como a hepatite, hiv, toxoplamose, dentre outras. De posse dos resultados dos exames, foi detectada uma pneumonia que teria se transformado em uma septecemia, ou seja, uma infecção generalizada em todo o corpo do adolescente.

Na corrida para a doação de um órgão a principal contra-indicação é a presença de qualquer infecção no paciente. "Neste caso, todos os procedimentos foram finalizados", disse o doutor Vander Fernandes, diretor geral do Hospital Geral Universitário (HGU). Ele disse que do ponto de vista técnico tudo transcorreu de forma adequada. "Foram realizados exames para a confirmação da morte cerebral ontem à tarde. Mas infelizmente a situação pode mudar no intervalo entre os trâmites técnicos de uma doação. A infecção aconteceu e diante disso não poderemos continuar com o processo de doação. Todos os procedimentos médicos foram feitos e os prazos respeitados", afirma o médico.

Neste momento, Alessandro Metelo está recebendo uma administração de antibióticos para conter a infecção generalizada. O adolescente ainda sobrevive pela ajuda dos aparelhos que bombeiam oxigênio para o coração que ainda bate. A família já se manifestou pelo desligamento dos aparelhos que mantém em funcionando os órgãos de Alessandro Metelo.

Nos casos de morte encefálica, a justiça autoriza o desligamento dos aparelhos, porém a diretoria clínica do hospital aguarda pela parada do coração para que assim o corpo do adolescente possa ser encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).

Esperança para salvar vidas

Mas ainda há esperanças. De acordo com as informações do coordenador técnico da Central de Transplantes de Mato Grosso, doutor Fause Chauchar, a administração de antibióticos pode retardar a infecção e assim há esperança para uma doação dos órgãos. "Estamos fazendo uma administração pesada de remédios e esperamos que a infecção seja contida. Se o coração do adolescente continuar a bater até amanhã à noite, talvez poderemos fazer a doação", disse o coordenador.

Neste caso o transplante poderia acontecer e os receptores dos órgãos também passariam por uma administração de remédios para não ocorrer uma nova infecção.





Fonte: TVCA

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