Nesta sexta-feira (10), o One World Trade Center, maior prédio que ocupa a zona onde ocorreram os atentados de 11 de setembro de 2001, teve colocado seu pináculo, a ponta que lhe confere a altura de 541 metros, tornando-o o prédio mais alto do hemisfério ocidental, pelo menos segundo seus construtores. Essa altura equivale a 1776 pés, uma homenagem à independência dos EUA, ocorrida em 1776.
Mas sua altura não é um assunto livre de controvérsia. Acontece que, no topo do prédio, há uma estrutura similar a um mastro, com 124 metros, que, se for considerada tecnicamente uma antena, coloca o arranha-céu atrás da Willis Tower (antiga Sears Tower), em Chicago, que tem 442 metros.
O Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano, uma organização que ranqueia os prédios mais altos do mundo, esclarece que uma antena é algo removível. Após o término da construção, a instituição vai avaliar o que é a estrutura no topo One World Trade Center, e confirmar se ele é, ou não, o mais alto do Ocidente.
O prédio mais alto do mundo é o Burj Khalifa, em Dubai, com 828 metros. As Torres Gêmeas, destruídas em 11 desetembro de 2001, tinham cerca de 414 metros, sem contar a antena que havia sobre uma delas.
Deck Turístico
A ponta colocada One World Trade Center não significa que a obra esteja terminada, tampouco que o prédio de 104 andares será aberto em breve a visitantes. A previsão é que o deck turístico, que ficará instalado nos três últimos andares e dará vista a toda Manhattan funcione apenas a partir de 2015.
Anteriormente chamado de Torre da Liberdade, o One World Trade Center é um dos quatro arranha-céus em construção em torno do local onde as Torres Gêmeas caíram, em uma parceria entre o desenvolvedor Larry Silverstein e a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey, proprietária do terreno.
Segundo artigo publicado por “The Wall Street Journal”, as várias partes envolvidas no projetos são um dos fatores que fizeram a obra demorar tanto. O One World Trade Center foi planejado em 2003. O desenho mudou três vezes nas mãos de dois diferentes arquitetos.
Ainda segundo o mesmo artigo, 55% da área útil do edifício já tem inquilinos. Um terço do prédio será ocupado pela editora Condé Nast. Outra parte será usada por órgãos governamentais, como forma de subsídio ao projeto. Uma empresa chinesa do setor imobiliário também já se comprometeu a manter escritórios no local.
Ainda assim, será necessário um milagre para que haja retorno para os US$ 3,9 bilhões nos próximos anos investidos na construção do edifício, o que o torna provavelmente o mais caro já erguido no mundo. A esperança é que, em algumas décadas, com a subida dos valores dos aluguéis, ele possa ser rentável.
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