<b>Em SP, doador de sangue é barrado ao se declarar gay</b>
"Expliquei que sou homossexual, mas mantenho uma relação estável há cinco anos." Ele não se considera "um risco" para pessoas que recebem o seu sangue, pois se relaciona apenas com seu parceiro e faz exames regulares. R.F.S. acha que, se tivesse mentido, teria continuado a doar sangue normalmente. "Pode haver outros doadores que escondem sua real condição." O servidor público ainda não decidiu se vai tomar alguma medida contra a recusa. "Não acho justo não poder doar somente pelo fato de ter admitido minha opção sexual."
O médico Frederico Guimarães Brandão, responsável técnico pelo Hemonúcleo, disse que o funcionário se limitou a seguir a norma da Anvisa que regulamenta as doações. "Existem várias situações consideradas de risco e essa é uma delas", disse Brandão. "Não nos cabe discutir a norma, apenas colocar em prática", completou. Para a Anvisa, os critérios estabelecidos pela resolução 153, de 14 de junho de 2004, são exclusivamente técnicos e não discriminam os homossexuais.
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