Alunos desconsideram segurança eletrônica e usam drogas em escola

Apesar dos esforços da diretoria da Escola Esta-dual Ferreira Mendes, localizada no bairro Boa Espe-rança, o consumo de drogas entre os alunos continua. O uso acontece não só nas imediações da instituição, como dentro da escola também. Na tarde desta quinta-feira (09), uma porção de maconha foi encontrada na calçada próxima à escola. Diante disso, a administração do local pede mais uma vez um auxílio policial na área.

 

 

Diretora da Escola Estadual Ferreira Mendes, Liliane Curvo, afirma que desde 2009 quando um estado grave de consumo de drogas foi constatado na instituição, algumas medidas foram tomadas. Na época, alunos chegaram a ser apreendidos com drogas dentro da escola. “De 2011 para cá nós conse-guimos reduzir muito o consumo de drogas aqui, porém, ainda não foi possível acabar de vez. Temos cerca de 1,2 mil alunos no período matutino e vespertino. É difícil controlar todos”.

 

 

O último caso enfrentado pela diretora aconteceu na tarde desta quinta-feira (09), quando papelotes contendo maconha foram encontrados nas imediações da escola. O material foi visto por um pai de aluno que, imediatamente, entrou em contato com Liliane. “Essa porção foi encontrada próxima a alguns alunos, por is-so, não podemos saber se eles usaram dentro ou fora da escola. Por conta disso, eu registrei um boletim de ocorrência solicitando reforço no policiamento”. Entre os estudantes falar de drogas não é tão difícil.

 

 

Questionados sobre o consumo de entorpecentes dentro da escola, vários afirmaram que é comum e acontece todos os dias. Os menores afirmam que o ponto de uso mais frequente são os banheiros, masculinos e femininos. “Se você passar em frente aos banheiros durante o intervalo, vai sentir o cheiro forte de perfume saindo de lá. Depois que eles usam, passam muito perfume para disfarçar o odor de maconha”.

 

 

Segundo uma das alunas de 14 anos, os estudantes usuários de drogas são conhecidos na escola pela prática. Durante a aula, chegam inclusive a oferecer drogas a outros estudantes. “Já me chamaram uma vezpara usar, mas eu não quis. Eu sei que se eu quisesse, conseguiria, porque quem quer droga tem”.

 

 

Outro lado- De acordo com o comandante da base comunitária da Polícia Militar do Boa Esperança, capitão Marcos Antônio Rodrigues de Amorim, são frequentes as rondas próximo à escola. Afirma que diante do caso, a Polícia estuda fazer um monitoramento específico na região. “Segundo informações, a droga estaria perto de um ex-aluno da escola. Até o momento, em nossas rondas pelo local, não havíamos recebido denúncias deste tipo. Porém, com esta nova ocorrência, pretendemos fazer um estudo para saber se há de fato pessoas na região aliciando os estudantes para o uso de drogas”.