MPE/MS denuncia ex-campeão de motovelocidade por crimes

O Ministério Público Estadual encaminhou à Justiça de Mato Grosso do Sul duas ações penais contra Sandro Souza da Silva, ex-campeão paranaense de Motovelocidade que foi preso em Campo Grande sob acusação de participar de uma quadrilha que roubava malotes. A Polícia informou que o ex-campeão brasileiro já foi condenado no Paraná a 10 anos de prisão por roubo, sendo que em Cuiabá ele roubou uma motociclista e na fuga acabou sendo ferido com um tiro no ombro, enquanto um adolescente que estava com ele acabou morrendo.

Os pedidos encaminhados à Vara Criminal de Campo Grande pelos promotores Clóvis Amauri Smaniotto e Jiskia Sandri Trentin – do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) – referem-se a crimes de uso de documento falso e falsidade ideológica.

Silva era procurado pela justiça paranaense, com mandado de prisão em aberto pela 3ª Vara Criminal de Maringá, cumprido pelas autoridades campo-grandenses. No momento da prisão, ocorrida em 17 de setembro em frente à Auto Motos Suzuki (na rua Ricardo Brandão, Itanhangá Park), o acusado apresentou documento falso, motivo que levou à sua prisão em flagrante e à instalação de inquérito.

O suspeito apresentou uma Carteira Nacional de Habilitação em nome de Sandro Silva de Oliveira, com sua fotografia digitalizada e os dados que seriam de outra pessoa. Além desse crime, Silva teria providenciado o licenciamento de um motocicleta Honda Hornet (placas HSS-5309, de Campo Grande), com a inserção dos dados da moto também em nome de Sandro Silva de Oliveira.

Ele omitiu, assim, o fato do veículo ser de sua propriedade, e ter sido adquirido “com dinheiro oriundo de suas práticas criminosas anteriores, ou seja, omitiu a verdade de fato juridicamente relevante”, aponta a denúncia do MPE. Os promotores ainda apontaram oito testemunhas para fundamentar a o caso, sete delas policiais civis e Silvana Soares Pedro, esposa de Sandro Silva.

No momento em que o acusado foi preso, foram apreendidas quatro motocicletas, duas delas que seriam usadas em roubos e outras duas de maior valor. Nas ações da quadrilha, seriam usadas duas motocicletas.