Novo atentado em ônibus matou 13 no Afeganistão
"No atentado de hoje (terça), 13 afegãos faleceram, oito policiais e cinco civis. Entre estes últimos estavam uma mãe e seus dois filhos", declarou o ministro da Saúde, Sayed Mohammad Amin Fatemi. "Dez pessoas também foram feridas, entre elas três civis", completou.
A Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan e a presidência afegã condenaram separadamente nos "termos mais enérgicos" este ato de "violência insensata" e "desumano".
Segundo o chefe da polícia criminal, o general Alishah Paktiawal, o "ataque suicida" foi cometido às 07h00 (23h30 Brasília de segunda-feira) por um terrorista repleto de explosivos "contra um ônibus de transporte de policiais" na zona oeste de Cabul. Ele atingiu principalmente a frente do veículo.
No sábado passado, 30 pessoas, a maioria militares, foram mortas em outro atentado suicida contra um ônibus em Cabul.
Os dois atentados foram imediatamente reivindicados pelos talibãs. Nesta terça-feira, um dos porta-vozes do grupo, Zabihullah Mojahed, chegou até a divulgar a identidade do último suicida, Abdullah, de 22 anos, natural da província de Helmand (sul).
Em Cabul foram registrados recentemente alguns dos piores atentados cometidos pelos radicais islamitas. Estes prometeram mais ataques durante o Ramadã, que termina em meados de outubro. Desde o início de jejum, em 13 de setembro, aconteceram seis atentados fatais.
Esta não é a primeira vez que a polícia de Cabul é atacada pelos talibãs. No dia 17 de junho, um atentado suicida contra um ônibus de jovens recrutas deixou 24 mortos.
Os atentados suicidas são cada vez mais comuns e em geral são atribuídos aos talibãs. Um relatório recente das Nações Unidas mencionou mais de 100 em 2007.
O ministério da Defesa anunciou nesta terça-feira a morte de 26 talibães durante confrontos com as tropas afegãs no distrito de Sangin, na província de Helmand. Quatro policiais ficaram feridos e um comandante talibã foi detido.
Na província de Kunar, leste do país, um ataque contra um posto de fronteira com o Paquistão matou três policiais. Cinco ficaram feridos e um está desaparecido.
Os insurgentes tentam recuperar o poder, do qual foram expulsos no fim de 2001 por uma coalizão internacional dirigida pelos Estados Unidos. A insurreição já custou a vida de milhares de pessoas, incluindo mais de 5.000 no decorrer do ano, de acordo com uma contagem da agência de notícias "France Presse".
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