Setembro é o mês mais violento do ano
A falta de condições da polícia em investigar os crimes contribui para o aumento da violência, aponta Dirceu Vicente Lino, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de Mato Grosso (Sindepo). Segundo ele, hoje as delegacias da Capital e do interior trabalham com um número reduzidíssimo de investigadores e escrivães. O trabalho se acumula e a falta de uma resposta rápida aos crimes acaba estimulando o aumento da criminalidade. "Trabalhamos com metade do efetivo necessário. É matemático: para cada crime que é investigado, um fica sem investigar. No caso de crimes contra o patrimônio a situação é ainda pior. As investigações de crimes de roubos e furtos praticamente inexistem", acusa Dirceu.
Segundo ele, os delegados recém empossados encontraram delegacias sem material de expediente, viaturas sucateadas e quadro reduzido de policiais. "As escalas de trabalho estão sobrecarregadas. Os investigadores não descansam enquanto que a criminalidade só tende a crescer". Lino diz que a segurança pública foi o único setor que não teve crescimento nos quadros. "Hoje temos o mesmo número de delegados que tínhamos em 1988, pouco mais de 200. Seriam necessários no mínimo 400 para atender a demanda".
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