Denúncia revela abusos em curso da Polícia Militar em Mato Grosso
O conteúdo da denúncia revelou que são atitudes humilhantes para a formação do policial. Conforme relatos da suposta vítima, a pessoa seria obrigada a inalar um tipo de gás, que comprometeria o estado de saúde dela. Além da obrigatoriedade de comer cebola, fingindo ser maçã. Nos relatos, o denunciante afirma ter presenciado um caso em que um dos integrantes teria machucado a coluna por conta dos testes físicos.
De acordo com o comandante da PM na região Sul do Estado, coronel Pedro Sidney, “as informações não têm valor sendo anônima”. Em relação aos maus tratos e à possível fratura em um dos integrantes, o coronel Pedro Sidney afirmou que não procedem as informações.
Os formandos são os remanescentes de um grupo que, inicialmente, contava com 43 policiais. A seleção ocorreu ao longo dos treinamentos físicos, psicológicos e táticos. Eles receberam orientações sobre a abordagem de veículos e indivíduos, noções anti-bombas, gerenciamento de crise e patrulhamento rural, entre outras atividades.
Em relação ao curso, o coronel da PM disse que trata-se de um curso voluntário. “Há um treinamento diferenciado, afinal é uma tropa especial, diferente dos demais soldados”. Além disso, o coronel Pedro Sidney informou que o candidato interessado no curso tem que ser soldado da PM para realizar as atividades. Ele disse que o treinamento tem toda estrutura metodológica da PM e embasamento científico para conter situações de risco do dia-a-dia.
Segundo o promotor de justiça criminal, Sérgio Silva da Costa, “é preciso haver um fato concreto do tipo que levaria o desligamento do PM aos fatos. Neste caso, provavelmente, trata-se de um dissidente. O treinamento é exclusivo para compor soldados capacitados contra a criminalidade”. No entanto, o promotor explicou que a possível saída do efetivo, por conta das disciplinas aplicadas no treinamento, não são punitivas. Ele disse que basta o soldado solicitar a renúncia por escrito das atividades.
Sobre a conclusão do processo, Costa disse que é preciso que o interessado se pronuncie, ou seja, identifique-se. “Não havendo manifesto o inquérito será concluído”, destacou. Ele informou que, caso necessite, alguns policiais que participaram dos treinamentos serão chamados para prestarem depoimentos.
A reportagem entrou em contato no fim da tarde de ontem com o grupo da Força Tática da PM, mas os soldados estavam em diligência.
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