Apesar da decisão judicial, no dia 22 de abril o Ministério Público e a Secretaria da Agricultura verificaram que a produção continuava, e na quarta-feira interditaram a empresa. O leite, que era servido para crianças e adolescentes de zero a 14 anos duas vezes ao dia, só foi retirado das instituições após a operação que resultou em prisões. O assessor jurídico da empresa, Rafael Godinho, afirmou que não havia ocorrido venda após a data da proibição. A VRS, no entanto, informou que o leite em questão pode ter sido vendido após o dia 24 de abril, quando a empresa obteve um auto de liberação provisória. Leites da marca Latvida, uma das acusadas de distribuir leites adulterados pela Operação Leite Compen$ado, eram distribuídos para 600 crianças e adolescentes nos abrigos da Fundação de Proteção Especial do Rio Grande do Sul (Fpergs), órgão estadual para jovens em situação de risco. Segundo o jornal Zero Hora, lotes com a data de fabricação de 6, 7, 12 e 17 de abril de 2013 de leite Latvida foram entregues nos 43 abrigos da fundação, nas cidades de Porto Alegre, Taquari e Uruguaiana. Apesar de os lotes enviados aos abrigos não estivessem entre os identificados como adulterados com a presença de ureia e formol, a venda e a fabricação pela VRS, dona da marca Latvida, haviam sido proibidas pela Secretaria da Agricultura a partir do dia 1º de abril.
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