Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 01 de Outubro de 2007 às 14:05

    Imprimir


Somente em 2005, foram mais de 380 mil acidentes de trânsito e os óbitos chegam a 35 mil por ano, aproximadamente, segundo a chefe do Departamento de Estatísticas da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e professorora titular da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, doutora Maria Sumie Koizumi.

“Atualmente morrem cerca de 98 pessoas por dia de acidentes de trânsito no Brasil. A educação para o trânsito deve ser continua. Mas isso não se faz apenas com campanhas de uma semana”, afirmou.

A doutora Maria Sumie é uma das autoras do Atlas de Acidentes de Trânsito no Brasil, lançado este mês pela Abramet. O livro reúne dados sobre frotas, acidentes e vítimas nos últimos dez anos. O Atlas tem como fontes o Departamento Nacional de Trânsito, Denatran; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE; Departamento de Trânsito, Detran e Ministério da Saúde. Segundo o estudo, em 2005, a frota de veículos no país chegou a 42,071 milhões, e o número de motos circulando nas vias foi de 8, 160 milhões.

Maria Sumie explicou que os dados foram calculados por taxas em cada estado. Segundo ela, as mortes de pedestres vem diminuindo desde 1995. Já os óbitos de motociclistas aumentaram significativamente. “A frota das motos foi a que mais cresceu e, também, a que teve maior número de acidentes e vítimas”, disse.

A pesquisadora disse ainda que o estado com a maior frota de veículos é São Paulo. Mas, segundo ela isso não significa que seja também o estado com maior número de acidentes. “Mesmo que São Paulo tenha a maior frota, em números absolutos, o número habitantes também é bastante alto, o que diminui a taxa”, explicou.

Ainda de acordo com Maria Sumie, nas grandes cidades, os índices de acidentes de trânsito estão diminuindo. As causas, segundo ela, podem ser a redução da velocidade, maior concentração da frota nas ruas, e o pedestre pode estar mais educado. Mas, Sumie ressalta que a redução não é suficiente.

“As taxas estão muito altas. As ações preventivas e a fiscalização devem ser mais rigorosas. Entretanto, precisamos de uma fiscalização para a cidadania. Enquanto isso não acontecer, continuaremos tendo muitas mortes no trânsito”, afirmou.





Fonte: Da Redação/Midia News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/204863/visualizar/