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Cidades/Geral
Sábado - 11 de Maio de 2013 às 07:13
Por: ALECY ALVES

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Unidade é referência de vários atendimentos, além de ser um local para o aprendizado dos acadêmicos da UFMT
Unidade é referência de vários atendimentos, além de ser um local para o aprendizado dos acadêmicos da UFMT
Este mês, em dia a ser agendado, o UFMT oficializa a transferência da gestão do Hospital Universitário Júlio Müller para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), criada pelo governo Federal. 

A nova empresa será responsável pela contratação de funcionários e prestações de todos os serviços médicos, hospitalares e laboratoriais de um dos maiores e mais importantes centro de saúde de Mato Grosso. 

Entretanto, antes de assumir qualquer função no HUJM, a nova empresa deve abrir concurso público para contratação de servidores, assim como fez no Hospital Universitário do estado do Piauí. 

Na unidade piauiense, conforme dados oficiais, foram abertas 1.054 vagas para profissionais de nível médio e superior nas mais diversas áreas de trabalho. O concurso já foi realizado, agora está na fase de avaliação de títulos para nomeação dos aprovados. 

Aqui, uma comissão formada por servidores designados pela Reitoria da UFMT e representantes da direção do hospital atua no processo de transição. Os trabalhos do grupo incluem o levantamento sobre as carências humanas e materiais. 

Conforme o superintendente do HUJM, professor Elias Nogueira Peres, metade dos trabalhadores do Júlio Müller não são concursados. Portanto, o hospital mantém o atendimento porque contratou 420 temporários, e tem 45 cedidos pelo governo do Estado e outros 18 designados pela Prefeitura de Cuiabá. 

Além de substituir os contratados e cedidos por concursados, é provável que seja necessário um número superior ao de temporários para melhorar a ampliar a assistência em alguns setores criar novos serviços. 

O professor Elias Nogueira diz que acredita que as mudanças previstas devem representar avanços para os serviços prestados a população, comunidade acadêmica e pesquisa científica. Isso, porque a previsão é que médicos serão contratados para atuar exclusivamente na assistência, enquanto os docentes poderão dedicar mais horas à parte acadêmica, por exemplo. 

Nogueira acha que os trabalhadores não têm com o que se preocupar. A empresa, explica ele, funciona se maneira similar aos Correios e Banco do Brasil, com garantia do emprego e de direitos trabalhistas. 

SINTUF - A visão do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais(Sintuf) é bem diferente da dos gestores do hospital. 

A diretora do Sintuf, Léia de Souza Oliveira, diz que a universidade perde a autonomia ao entregar a gestão do hospital a uma empresa, mesmo que seja pública, como é o caso. 

Além disso, a transferência, entende ela, fere dois princípios básicos, o da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão. 

O segundo princípio seria o controle social, que pela 8.142/90, que criou o Sistema Único de Saúde ( SUS), prevê a participação dos usuários na gestão das unidades públicas de saúde. 





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