Ataque contra missão de paz da União Africana mata 12 no Sudão
Um ataque contra uma base da União Africana (UA) na região sudanesa de Darfur deixou 12 soldados mortos e 25 feridos neste domingo, no pior episódio para a missão de paz desde sua chegada em 2003.
Ninguém assumiu a autoria do ataque, mas tropas do governo e grupos rebeldes trocam acusações sobre a responsabilidade pelo incidente.
Cerca de 7 mil soldados da União Africana participam da missão em Darfur e têm enfrentado dificuldades para proteger a população civil.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas já aprovou o envio de uma missão de paz de 26 mil soldados para reforçar o contingente da UA.
Pelo menos 200 mil pessoas foram mortas e cerca de 2 milhões tiveram de deixar suas casas nos quatro anos de conflito entre o governo sudanês --acusado de apoiar milícias muçulmanas, chamadas Janjaweed, que atacaram vilarejos de Darfur-- e rebeldes contrários ao governo.
Negociação de paz
O arcebispo sul-africano Desmond Tutu chega nesta domingo ao Sudão com uma delegação de ex-políticos, ex-diplomatas e defensores de direitos humanos para discutir a paz no país.
O grupo, independente de qualquer governo ou organização internacional, foi criado por sugestão de Nelson Mandela para tentar encontrar soluções para os principais problemas do mundo, como o HIV-Aids, a pobreza e os conflitos.
A visita ao Sudão é a primeira missão do grupo, que deve se reunir com o presidente Omar al Bashir em Cartum, capital do Sudão, e com líderes comunitários e refugiados em Darfur.
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