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Nacional
Sábado - 29 de Setembro de 2007 às 17:44

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Se em uma parte do Brasil a população sofre com a baixa umidade do ar, na outra são os temporais que causam transtornos, informam os alertas da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) desta semana.

Por causa de uma massa de ar seco que deve ficar até hoje (29) nos estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Piauí, Tocantins e Distrito Federal, os índices de umidade relativa do ar ficarão abaixo de 30% nessas regiões.

Mas, segundo o coordenador do grupo de previsão de tempo do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), Gustavo Escobar, no Distrito Federal o período não está tão crítico como há alguns dias.

Os efeitos da estiagem são agravados pelo corte de matas ciliares (que margeiam os rios), pelo represamento e pelo acúmulo de lixo às margens de córregos, rios e nascentes. Isso diminue ainda mais a oferta de água para o consumo, para a lavoura e para os animais.

As queimadas também retiram umidade do solo e do ar, o que dificulta a ocorrência de chuvas, iniciando um ciclo vicioso de desmatamento e seca, conforme o chefe da divisão de operações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Marcelo Enrique Feluchi.

Ele afirma não ser possível ter certeza de que a estiagem esteja associada ao efeito estufa ou fenômeno La Niña (causado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico).

Para diminuir as conseqüências da seca, a Defesa Civil está levando caminhões pipa com água potável para reservatórios rurais, distribuindo remédios e cestas básicas.

Situação em Mato Grosso

Em Mato Grosso a situação foi agravado por muitas queimadas em todo o Estado. O parque nacional de Chapada dos Guimarães, por exemplo, foi um dos locais que mais sofreu com o fogo. Aproximadamente 20% a área do parque foi consumida por uma queimada no início de setembro.

Em Cuiabá, capital do Estado, além dos sérios problemas de saúde em razão da baixa umidade do ar, a cidade também enfrenta problemas com o abastecimento de água tratada.

No dia 14 deste mês, a Companhia de Abastecimento da Capital (Sanecap) implantou o chamado Comitê Grencial da Crise do Abastecimento de Água. O comitê foi criado devido a prolongada estiagem, a baixa umidade do ar e a queda de produção de água. O coordenador é o engenheiro Édio Ferraz Ribeiro.

O objetivo do comitê é gerenciar a crise do abastecimento de água na cidade definindo prioridades na distribuição nos bairros atingidos e manter informada à população sobre a crise e as medidas adotadas pela Sanecap.

Está sendo priorizado o abastecimento para os hospitais, clínicas, creches, escolas, abrigos e outros. O abastecimento de água fornecido pelas Estações de Tratamento está sendo feito em forma de rodízio. Nas regiões abastecidas por poços tubulares profundos, o fornecimento é efetuado por meio de carros pipas, sempre priorizando creches, escolas, instituições de caridades, hospitais, abrigos e outros.

Uma chuva já atingiu a capital, porém muita fraca, não influenciando muito na umidade do ar, que continua baixa e nem no nível de água do rio Cuiabá e outros pontos de captação para abastecimento.

Chuva

Nas regiões Sudeste e Sul, a situação é inversa. Chuvas fortes podem ocorrer hoje em pontos isolados nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Sul de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

De acodo com Escobar, o tempo está instável devido à primavera. “Nessa época, a atmosfera está em transição entre o inverno e o verão, tornando difícil as previsões do tempo”.





Fonte: Agência Brasil

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