Negociação com bancários em greve termina sem acordo
Terminou sem resultado a reunião entre representantes do Comando Nacional dos Bancários e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada na tarde desta sexta-feira (28) em São Paulo.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os negociadores da categoria rejeitaram a nova proposta dos bancos, de reajuste salarial de 5,2%. Antes o índice era de 4,82%. Com isso, segundo os sindicalistas, a tendência é que os profissionais decretem greve por tempo indeterminado a partir da próxima quarta-feira (dia 3).
Paralisação
Nesta sexta, os bancários promoveram uma paralisação nacional de advertência contra a suposta lentidão nas negociações. Nas cidades de São Paulo e Osasco, segundo o Sindicato dos Bancários da região, a greve temporária atinge 103 agências e nove centros administrativos, que totalizam 13,5 mil bancários parados, em um universo de 114 mil profissionais.
Segundo a Fenaban, há cerca de três mil agências na capital paulista. Ainda não há dados sobre a adesão nacional à paralisação.
Na próxima terça-feira (2), os 150 sindicatos que compõem a Contraf-CUT irão realizar assembléias para decidir sobre uma possível greve por tempo indeterminado, a partir de quarta-feira. "O aumento proposto hoje (de 5,2%) é insignificante, uma provocação, não reflete a evolução do faturamento dos bancos. Não nos resta outra alternativa que não responder com greve", afirma o secretário-geral da confederação, Carlos Cordeiro.
Reivindicações
Uma assembléia realizada na quinta-feira pelos bancários rejeitou os 4,82% de aumento ofertados pelos patrões. A categoria disse que esse índice representa apenas a inflação do período e reivindica um reajuste salarial de 10,3%, participação nos lucros e resultados (PLR) de dois salários, além de uma parcela fixa de R$ 3.500, distribuída de forma linear para todos os profissionais.
Já a Fenaban classifica a paralisação como injustificável, já que as negociações estão acontecendo. "Não é momento de cruzar os braços. O processo de negociação não foi interrompido, então essas medidas de força são totalmente desnecessárias", informa a instituição, por meio de sua assessoria de imprensa.
Comentários