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Internacional
Sábado - 29 de Setembro de 2007 às 05:09

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Lahore (Paquistão), 29 set (EFE).- Mais de 100 ativistas foram detidos hoje pelas forças de segurança paquistanesas durante uma manifestação em Islamabad contra a decisão judicial que permite ao presidente do Paquistão, o general Pervez Musharraf, disputar as próximas eleições sem abandonar o comando do Exército.

Segundo o canal de televisão "Geo TV", os ativistas se reuniram junto à sede da Comissão Eleitoral em Islamabad. O órgão analisa hoje as candidaturas apresentadas para as eleições presidenciais de 6 de outubro.

Os advogados, que tinham convocado uma manifestação para hoje em protesto contra a decisão do Tribunal Supremo, lançaram pedras e garrafas na Polícia, que respondeu com cassetetes e gás lacrimogêneo.

Um dos líderes dos manifestantes, Ali Ahmed Kurd, foi atacado pelas forças de segurança e detido com mais 100 pessoas.

"A Administração transformou a Avenida da Constituição num campo de batalha. Kurd foi levado a um lugar desconhecido", disse à imprensa o presidente da Associação de Advogados do Tribunal Supremo, Munir A. Malik. Mas ele garantiu que as detenções "só fortalecerão" a oposição ao "ditador militar". "Não pararemos", acrescentou.

Por seis votos contra três e alegando razões técnicas, um painel da corte de apelação do Supremo rejeitou nesta sexta-feira os seis recursos apresentados contra o duplo comando do general Musharraf. Ativistas da oposição reagiram com gritos de "vergonha, vergonha" e "fora Musharraf".

Legisladores de uma aliança de partidos de oposição no Paquistão anunciaram que renunciarão antes da votação.




Fonte: EFE

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