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Internacional
Sábado - 29 de Setembro de 2007 às 05:00

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Pequim, 29 set (EFE).- O líder máximo dos budistas de Hong Kong, Sik Kok Kwong, condenou hoje a repressão da Junta Militar de Mianmar, afirmando que seus líderes vão "para o inferno mais profundo" por terem matado alguns dos monges que se manifestavam contra o regime ditatorial.

"A ordem de atirar em monges inocentes, que causou muitas mortes, é como derramar sangue de um Buda para as doutrinas budistas. Os responsáveis cairão no inferno de Avici", disse Sik, presidente da Associação Budista de Hong Kong, em carta aberta.

O inferno de Avici é segundo a crença budista, o de maior sofrimento. Ele está destinado às pessoas que cometeram os piores crimes, como parricidas e suicidas, que deverão expiar suas culpas durante muitas eras antes de poder reencarnar.

O líder religioso, que raramente dá declarações públicas, expressou na carta aberta a sua "profunda tristeza" pela morte dos monges. Ele pediu que a Junta "deponha o seu facão" e instaure no país a democracia e a harmonia.

Líderes políticos de Hong Kong e organizações de defesa dos direitos humanos também expressaram sua solidariedade ao movimento democrático birmanês. No resto da China quase não houve críticas à Junta Militar por parte de Governo e instituições.

As únicas vozes públicas da China comunista contra a repressão birmanesa surgiram na internet. Muitos blogs e foruns exibiram imagens dos protestos, condenando a violenta repressão e mostrando seu apoio a figuras como Aung San Suu Kyi, histórica líder da dissidência birmanesa e prêmio Nobel da Paz.





Fonte: EFE

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